As fases da Guerra Fria (1947/1991)
Anos 1940 e 1950 – A Fase da Contenção ou Guerra Fria Clássica
Nessa fase além da formação dos blocos de
alianças, a Guerra Fria contou também com alguns importantes eventos:
1948/49 – A Crise de Berlim
Segundo o sociólogo francês Raymond Aron, a
Guerra Fria foi um período de paz impossível e guerra
improvável. Esse episódio de Berlim é conhecido como o primeiro grande
teste da Guerra Fria, ou seja, colocou em xeque se ela era mesmo apenas uma
guerra improvável, conforme cria o sociólogo francês.
O que ocorreu em Berlim resultou da
atitude soviética de bloquear todos os acessos terrestres à Berlim Ocidental,
sob o argumento da necessidade de recuperação das estradas afetadas pela
Segunda Guerra. Essa argumentação soviética mascarava o descontentamento de
Moscou com a política praticada pelos interventores da parte ocidental da
Alemanha (EUA, Reino Unido e França), que apontava para uma reforma monetária e
o início da constituição de um governo autônomo.
Em junho de 1948, os soviéticos
interromperam as vias rodoviárias que ligavam a zona ocidental com Berlim, logo
em seguida eles estenderam o bloqueio aos serviços ferroviários e de barcaças.
De imediato cortaram o fornecimento de alimentos para a Berlim não-soviética e
o fornecimento de energia elétrica.
Entretanto, como o bloqueio não
atingira o espaço aéreo, isso abriu caminho para que os aliados o utilizassem
para abastecer Berlim Ocidental em todas as suas necessidades. O êxito da
aliança Ocidental levou os soviéticos a suspenderem o bloqueio em maio de 1949.
A crise apesar de superada, deixou duas claras consequências: de um lado o
agravamento da relação Leste-Oeste e por outro lado a criação, ainda em 1949,
dos estados autônomos da República Federal Alemã (Alemanha Ocidental) e
República Democrática Alemã (Alemanha Oriental).
1949 – A Bomba Atômica Soviética
Após utilizarem suas bombas
atômicas sobre Hiroshima e Nagasaky em 6 e 9 de agosto de 1945, os EUA não
vacilaram em usar esse poderio bélico como argumento nas relações e discussões
com a URSS. Essa situação pressionou Moscou a investir na pesquisa
atômica, cujo resultado foi a construção da Bomba de Hidrogênio em 1949. Era o
equilíbrio do terror atômico.
1947/1952 – O Macartismo
Joseph McCarthy |
O termo macartismo é uma referência ao período da história dos EUA,
marcado por uma intensa perseguição política aos comunistas e àqueles que
manifestavam simpatia pela via marxista. Essa intolerância foi estimulada por
uma comissão do Senado Americano de investigação de atividades antiamericanas
presidida pelo senador Joseph McCarthy. Era o que se chamou de Caça às Bruxas.
A caça às bruxas do macartismo
perdeu expressão quando a opinião pública tomou conhecimento das violações aos
direitos civis denunciadas principalmente pelo jornalista Edward R. Murrow da
rede CBS (o filme Boa Noite, Boa Sorte do diretor George Clooney aborda a
intensa campanha do jornalista). Em 1957, já no ostracismo, morreu o senador
McCarthy.
1950/53 – A Guerra da Coreia
Esta foi uma guerra civil, que traduziu um confronto entre o capitalismo
e o socialismo. Foi um conflito deflagrado por uma ofensiva da Coreia do Norte
sobre a Coreia do Sul numa tentativa de promover a unificação do país dividido
pelo paralelo 38ºN em 1945 na Conferência de Yalta. A ação norte coreana contou
com apoio chinês e da URSS e enfrentou os sul coreanos com a ajuda dos EUA e do
Reino Unido que enviaram tropas autorizadas pelo Conselho de Segurança da ONU.
O equilíbrio de forças proporcionou a celebração do acordo de paz de Pam Mun
Jon, que manteve a divisão da Coreia tal como estava desde 1945.
1953/1955 – a morte de Stalin e a ascensão de Nikita Kruschev
Em 05 de março de 1953, aos 74 anos, morreu o líder soviético Joseph
Stalin. Após um breve período de transição subiu ao poder Nikita Kruschev, que
permaneceu no poder até 1964 quando foi afastado por uma decisão do Politburo,
tornando-se assim no único dirigente soviético destituído. Ao longo do seu
governo Kruschev foi protagonista em importantes eventos tanto da política
interna quanto da externa.
Internamente seu governo ficou
marcado pela Desestalinização em que denunciou Stalin pelos
crimes de mortes e prisões abusivas durante seu governo, pela defesa de uma
desrussificação da URSS, por uma política econômica de maior ênfase à produção
de bens de consumo e de incentivo à produção agrícola e por uma redução do
volume de investimentos na produção de armamentos.
Externamente marcou sua trajetória pela
defesa da Coexistência Pacífica com os EUA, pela intervenção na Hungria, pela
construção do Muro de Berlim em 1961, pela ruptura com a China Popular e pela
Crise dos Mísseis de 1962.
Anos 1960 e 1970 – Fases da Coexistência Pacífica e Détente
Kruschev e Kennedy |
Nessas duas décadas criou-se no mundo uma
expectativa de que a Guerra Fria perdesse a intensidade e, até mesmo, pudesse
ter fim. Essa expectativa decorreu de uma proposição do líder soviético Nikita
Kruschev sobre a competição entre as duas superpotências deveria se deslocar do
campo bélico para o campo econômico. Ainda que os EUA tenham encampado a ideia
de Kruschev, isso não significou um avanço significativo. Ao contrário da
expectativa de paz, na década de 1960 teve início a ofensiva norte americana
sobre o Vietnã do Norte, provocando um dos maiores genocídios do século. Como
também na década de 1960, indo de encontro ao espírito do degelo defendido
por Kruschev, a URSS, sob a capa do Pacto de Varsóvia, despejou sua força
militar sobre a Tchecoslováquia, na Primavera de Praga.
O Muro de Berlim |
Ainda nessa década houve a construção
em 1961 do Muro de Berlim, que subitamente fechou a passagem
entre os dois lados da cidade. Isso foi iniciativa do governo da RDA orientado
pelo governo de Moscou. O muro passou a simbolizar a divisão do Mundo entre o
capitalismo e o socialismo.
Em outubro de 1962 ocorreu o episódio de maior tensão nas relações entre as superpotências, a Crise dos Mísseis. Esse episódio resultou da iniciativa soviética de instalar mísseis em Cuba, em resposta a instalação pelos EUA de mísseis na Itália, na Grã-Bretanha e na Turquia no ano anterior. O argumento de Moscou era o caráter defensivo da ação e proteção à Cuba, que fora alvo de uma tentativa de invasão (à Baía dos Porcos) patrocinada pelos EUA em 1961.
A tensão foi alta, mas a solução foi política. Em 28 de outubro Kruschev
e J. F. Kennedy firmaram um acordo no qual a URSS comprometia-se a não instalar
os mísseis em Cuba e os EUA a retirarem seus mísseis da Turquia. Era o fim do
período de maior tensão na Guerra Fria. Em meio a essa tensão, surgiu um dos
símbolos da Coexistência Pacífica o telefone vermelho, que a
bem da verdade era um teletipo que seria uma última via para o entendimento
entre a Casa Branca e o Kremlim.
Leonid Brejnev Richard Nixon
Leonid Brejnev Richard Nixon
Na década de 1970, os novos
dirigentes – Leonid Brejnev na URSS e Richard Nixon nos EUA – deram início ao
que se denominou de Détente ou Distensão na relação entre as duas
superpotências.
Nixon negociou a paz com o Vietnã,
promoveu a aproximação com os chineses, que rendeu à Pequim o seu ingresso na
ONU em lugar da República Nacionalista instalada em Formosa (atual República de
Taiwan) e com o líder soviético assinou em 1972 o primeiro tratado de limitação
da produção de armas estratégicas – SALT 1-.
Jimmy Carter, presidente dos EUA
eleito em 1976, que na posse declarou compromisso com a distensão, em 1979
assinou com Brejnev o SALT 2. Entretanto, essa tendência da Guerra Fria sofreu
na década de 1980 um retrocesso, isso decorreu da derrota de Jimmy Carter na
eleição de 1980, para o candidato Republicano Ronald Reagan cujo
histórico o traduzia como um ferrenho anticomunista e registrava sua
participação no movimento macartista do final dos anos 1940.
As razões da derrota de Jimmy
Carter em 1980
A
derrota de Jimmy Carter foi interpretada como uma derrota da Distensão. Para
ela contribuíram algumas situações, que colocaram Carter em maus lençóis e
determinaram a vitória de Reagan:
- A questão do Irã em 1979. Naquele ano
houve a terminalidade de um processo revolucionário sob a liderança do
Aiatolá Ruhollah Khomeini à frente dos fundamentalistas, que derrubou o
governo do Xá Reza Pahlevi tradicional aliado dos EUA. Com os ânimos
exaltados e um sentimento anti norte americano aflorado, jovens iranianos,
entre eles o ex-presidente Mahmoud Ahmadinejad, invadiram a Embaixada dos EUA
em Teerã em 04 de novembro de 1979 e lá permanecendo até 20 de janeiro de
1981, em que fizeram 52 reféns. O episódio provocou uma crise nas relações
entre os dois países e fez um estrago na candidatura de Carter em 1980. Os
reféns foram libertados pelo Acordo de Argel. Carter havia tentado
libertá-los numa missão de resgate em abril de 1980, o fracasso da operação,
levou Carter a aplicar sansões econômicas à Teerã que não surtiram efeito.
- A questão da Nicarágua em 1979 – No país da
América Central após uma longa luta armada promovida pela FSLN (Frente
Sandinista de Libertação Nacional), caiu uma das mais longas ditaduras do
século XX, a da Família Somoza instalada no poder desde 1934. Os Somozas que
marcaram sua trajetória com práticas abusivas de poder e de corrupção contaram
o tempo todo com apoio do governo dos EUA. Eleito em 1976, Carter declarou
que retiraria o apoio a todas as ditaduras entre elas a da Nicarágua. Sem
apoio dos EUA Anastácio Somoza não resistiu e caiu. A vitória da FSLN
resultou na instalação de um governo socialista inspirada na Revolução
Cubana.
- A invasão soviética na Afeganistão em 1979 – Em
24 de dezembro de 1979 o Premier Leonid Brejnev determinou o envio de tropas
soviéticas ao Afeganistão em apoio ao governo marxista da República Afegã,
ameaçado pelos guerrilheiros Mujahidins. Os soviéticos se mantiveram no
Afeganistão até 1988, quando o dirigente Mikhail Gorbatchev decidiu por
retirar as tropas, haja vista o custo elevadíssimo para os cofres soviéticos.
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Anos 1980 – a Retomada da Guerra Fria Clássica e o fim da Guerra Fria
Ronald Reagan |
Após as décadas da Coexistência
Pacífica e da Distensão, os anos 1980 chegaram com um sentimento de retrocesso
provocado pela política do Presidente dos EUA Ronald Reagan. Sabidamente
anticomunista Reagan não demorou a adotar medidas de contenção do comunismo
entre elas:
- o envio de “ajuda” aos Mujahidins na guerra contra os soviéticos no
Afeganistão. Era a Operação Ciclone articulada pela CIA para armar os Mujahidins.
A participação norte americana teve a aprovação do grupo Al-Qaida fundada pelo
bilionário saudita Osama Bin Laden. Após a retirada das tropas soviéticas
formou-se no Afeganistão o governo do grupo Talibã.
- o apoio do então presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan,
aos "Contras" na Nicarágua foi considerado um dos
fatos mais polêmicos de seu governo e um exemplo claro de sua determinação em
combater com as próprias armas, o que este antigo caubói de Hollywood
classificava como "império do mal".
Juntamente com os acordos secretos e
à entrega de armas ao Irã para conseguir a libertação de reféns americanos no
Líbano em mãos de grupos pró Irã, o chamado escândalo Irã-Contras ameaçou a
presidência de Reagan. O presidente autorizou secretamente a Agência
Central de Inteligência (CIA) a enviar uma ajuda à resistência nicaraguense no
valor de 19,95 milhões de dólares. A decisão foi baseada em provas de que os
sandinistas estavam recebendo armas do bloco soviético.
Em face de ameaça de impeachment do
Presidente Reagan por ter vendido armas ao Irã, que estava sob embargo
econômico decretado pelo ex-presidente Carter, o governo se mobilizou para
apresentar os responsáveis pela operação, eram eles o Coronel Oliver North e o
Almirante John Poind.
Em sua autobiografia "Under Fire", publicada cinco anos mais
tarde, North garantiu que Reagan sabia do que estava sendo feito para ajudar
os "Contras". Se o tivesse confessado em seu depoimento histórico
no Congresso, exibido pela TV, o presidente poderia ter sido destituído.
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- A invasão da Ilha de Granada no Caribe em 1984. Essa ação promovida
pelo governo Reagan foi “justificada” como uma forma de contenção da ajuda
cubana ao governo de Granada. Segundo o governo dos EUA, Cuba seria a ponta de
lança da presença soviética no Caribe. Seria, na visão dele, uma ação
preventiva.
Projeto Star Wars |
- Não se pode finalizar essas anotações sobre o governo Ronald Reagan,
sem mencionar o fato dele ter defendido a construção de um mega projeto bélico
denominado Star Wars. O projeto apresentado como defensivo,
custaria mais de um trilhão de dólares e funcionaria com base em um sistema de
monitoramento, através de satélites, das bases soviéticas de onde poderiam ser
disparados mísseis contra o Ocidente. O sistema de defesa dispararia mísseis
defensivos para interceptar os que fossem lançados pelos
soviéticos.
Não obstante o empenho do
Presidente em defender o projeto, ele acabou engavetado, porque, a bem da
verdade, ele teria uma eficácia duvidosa em razão de não ter capacidade para
monitorar as bases móveis de lançamento de mísseis como os submarinos.
Mais recentemente o governo
George W. Bush (2000/2008) tentou desengavetar o projeto, sob o argumento de
utilizá-lo contra o Terrorismo Internacional. George W. Bush tentou pegar
carona na esteira dos atentados de 11 de setembro de 2001 em Nova Iorque.
Entretanto, a proposição dele não sensibilizou o Congresso dos Estados Unidos.
Reagan mesmo tendo sido baleado sobreviveu ao tiro que o atingiu no pulmão, o atentado foi realizado por John Hinckley Jr, que sofria de transtorno e se apaixonara pela jovem atriz Jodie Foster no filme Taxi Drive e que depois de tentar se aproximar sem êxito de Jodie, resolveu promover um ato que pudesse ter uma grande dimensão a ponto de chamar a atenção da jovem atriz. Esse atentado também contribuiu para alavancar a carreira do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, que estava próximo ao local do atentado e conseguiu registrá-lo com a sua lente. |
A mudança de rumos da URSS com Mikhail Gorbachev
Em 1985 ao mesmo tempo, que nos EUA, Ronald Reagan afiava suas garras para combater o comunismo, na URSS ascendia ao poder Mikhail Gorbachev após os dois breves governos de Iuri Andropov (1982/84) e Konstantin Tchernenko (1984/85). Ao longo dos seus seis anos de governo, Gorbachev conduziu uma política de grandes reformas na URSS no campo econômico, no campo político e na política externa, cujos resultados foram: o fim da Guerra Fria, a queda do muro de Berlim, a extinção do Pacto de Varsóvia, a retirada das tropas do Afeganistão, mas também o fim da própria URSS em 1991.
No campo político ele
promoveu o se chamou de GLASNOST, cujo significado em russo é
transparência. No campo econômico, foi realizado um programa de
reestruturação da economia sob a denominação de PERESTROIKA.
A Glasnost se
traduziu em liberdade de expressão dos meios de comunicação, ponto de partida
para a abertura política. A democratização diminuiu o papel do Estado e do
Partido Comunista no controle da informação e das liberdades. Dessa forma foi
quebrado o monopólio da política pelo Partido Comunista. Além dessas mudanças
institucionais, a Glasnost defendeu maior autonomia das Repúblicas Soviéticas,
o que provocou uma reação de cunho nacionalista até então reprimida pelo poder
central instalado em Moscou através do Comitê Central do Partido Comunista, do
Soviete Supremo e do Politburo. Entretanto, a proposta de maior autonomia
confundiu-se com uma ação de cunho separatista, que provocou o colapso da URSS
em 1991.
A Perestroika traduzida como
reestruturação ou reconstrução, ela resultou em mudanças profundas no sistema
econômico soviético em que a economia rigidamente planificada desde os tempos
stalinistas foi substituída pela economia de mercado. Era o que se chama socialismo
de mercado ou capitalismo de estado como definiu Lênin.
A queda do Muro de Berlim em novembro de 1989 |
Nessa reestruturação, uma medida essencial adotada por Gorbachev foi reduzir os gastos militares com o sistema de defesa o que incluiu a retirada das tropas do Afeganistão, a negociação com os EUA| para redução de armamentos, que resultou na assinatura em dos Tratados de Desarmamento:
O Tratado de
Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF), negociado pelo então
presidente dos Estados Unidos Ronald Reagan e pelo líder soviético Mikhail
Gorbachev em 1987, estabeleceu a eliminação de mísseis nucleares e
convencionais de alcances curto e intermediário por ambos os países.
–START- com George Bush em 1991, e o compromisso
de respeitar a autonomia das Repúblicas do Leste. Esta última decisão foi o
ponto de partida para a queda do Muro de Berlim em novembro de 1989 e a
reunificação da Alemanha em 1990, assim como a queda dos governos comunistas
(pela via pacífica ou violenta) em 1989 e a realização em 1990 das eleições
presidenciais nessas repúblicas. A Perestroika resultou na liberalização dos
preços, do comércio externo, na redução dos subsídios e liberdade de
importação. Boris Ieltsin liderou a reação ao Golpe |
Em 19 agosto de 1991, meses antes do colapso da URSS, houve uma tentativa de golpe contra Gorbachev promovida por grupo da chamada linha dura do PC contrário as reformas políticas e econômicas em curso. Os golpistas liberaram uma nota oficial que indicava o afastamento momentâneo do Presidente Gorbatchev em razão de uma enfermidade. Não tardou para que houvesse uma reação contrária dentro e fora da URSS, internamente a reação coube aos ultrarreformistas liderados pelo presidente da República da Rússia Boris Yelktsin. A mobilização abortou o golpe em 21 de agosto. Gorbachev que estava em prisão domiciliar na Crimeia voltou a Moscou, reassumindo suas funções
.
Entretanto, nos meses
subsequentes houve o avanço do separatismo com a independência das Repúblicas
do Báltico (Estônia, Lituânia e Letônia) seguida da assinatura do Tratado de
Minsk em 8 de dezembro pela Rússia, Ucrânia e Bielorrússia, que deu origem a
CEI (Comunidade dos Estados Independentes). Em 25 de dezembro de 1991 o
Presidente Gorbatchev renunciou ao cargo, que na prática já não existia. Era o
ato formal de desaparecimento da URSS. Com o fim da União Soviética, de forma
definitiva acabou a Guerra Fria.
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