terça-feira, 30 de outubro de 2018

Questões objetivas sobre a emancipação afro-asiática



1. (Pucsp 2017)  “Virou-se para Teoria. Este ainda não dormia. Sem Medo segredou-lhe:
– O que conta é a ação. Os problemas do Movimento resolvem-se, fazendo a ação armada. A mobilização do povo de Cabinda faz-se desenvolvendo a ação. Os problemas pessoais resolvem-se na ação. Não uma ação à toa, uma ação por si. Mas a ação revolucionária. O que interessa é fazer a Revolução, mesmo que ela venha a ser traída.”
Pepetela. Mayombe. São Paulo: Leya, 2013, p. 237.
O trecho, extraído de um romance angolano, refere-se à luta do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), na década de 1970, pela independência de Angola. Nessa obra de ficção, aparecem diversos temas presentes nesse conflito. Entre eles,
a) a impossibilidade de saídas negociadas, as divergências entre os vários grupos que lutavam contra a colonização portuguesa, o personalismo de algumas lideranças.   
b) o apoio da comunidade internacional à independência angolana, a articulação da luta das várias tribos, a preocupação dos portugueses com reformas políticas e sociais.   
c) o temor do povo angolano face à ameaça de invasão estrangeira, o diálogo ininterrupto com os representantes portugueses, o abandono da luta armada.   
d) a aliança da guerrilha angolana com os fascistas portugueses, a ampla mobilização popular em favor da emancipação política, a unidade dos grupos em luta.   
  
2. (Fgv 2017)  Tudo muda.
De novo começar podes, com o último alento.
O que acontece, porém, fica acontecido:
E a água que pões no vinho, não podes mais separar.
(...)
Porém, tudo muda: com o último alento podes
de novo recomeçar.
Bertold Brecht
É a esse processo histórico, que levou à liquidação dos impérios coloniais europeus e ao surgimento ou ressurgimento de povos que se constituíram em Nações e Estados, que se costuma dar o nome de descolonização.
Letícia Bicalho Canêdo. A descolonização da Ásia e da África, 1985.
A partir dos textos, é correto afirmar que
a) a colonização europeia foi inseparável da descolonização da Ásia e da África do século XX, pois o nacionalismo, um valor ocidental, foi usado pela classe dirigente que, identificada com o Estado Nacional, não respeitou as tradições locais, isto é, a descolonização não destruiu a colonização; água e vinho estão misturados.   
b) a descolonização da Ásia e da África, no século XX, fez surgir novos povos, identificados com suas tradições e com valores antigos, essenciais para a estabilidade dos Estados e das nações, geridos pela classe dirigente, distante do velho colonialismo; a descolonização rompeu com a colonização, isto é, separou a água do vinho.   
c) a descolonização da Ásia e da África no século XIX, como continuidade ao colonialismo europeu, identificou-se com a classe dirigente internacional, preservou as principais tradições e criou o Estado Nacional a partir do nacionalismo, valor tribal que garantiu estabilidade para aquelas regiões; portanto, a água não se separou do vinho.   
d) a descolonização da Ásia e da África, no século XX, foi um processo separado da colonização, pois os valores da tradição foram rompidos e surgiu o Estado Nacional como criação da classe dirigente local, cujos interesses estavam alinhados com o capitalismo internacional, o que significou desenvolvimento para a maioria; água e vinho estão separados.   
e) o processo de descolonização do século XX, na Ásia e na África, é revolucionário na medida em que destruiu o velho colonialismo e colocou no poder a classe dirigente local, identificada com o capitalismo internacional, que organizou o Estado Nacional segundo os interesses de estabilidade e de desenvolvimento para todos; água e vinho estão separados.   
  
3. (Enem 2016)  
O regime do Apartheid adotado de 1948 a 1994 na África do Sul fundamentava-se em ações estatais de segregacionismo racial.

Na imagem, fuzileiros navais fazem valer a “lei do passe” que regulamentava o(a)
a) concentração fundiária, impedindo os negros de tomar posse legítima do uso da terra.   
b) boicote econômico, proibindo os negros de consumir produtos ingleses sem resistência armada.   
c) sincretismo religioso, vetando os ritos sagrados dos negros nas cerimônias oficiais do Estado.   
d) controle sobre a movimentação, desautorizando os negros a transitar em determinadas áreas das cidades.   
e) exclusão do mercado de trabalho, negando à população negra o acesso aos bens de consumo.   

4. (CPS 2014)  Algumas viagens ocorrem por razões políticas. Uma dessas viagens foi feita pelo líder pacifista Mohandas Gandhi (conhecido por Mahatma, que significa Grande Alma).
 Gandhi conduziu milhares de indianos ao litoral em uma marcha de cerca de 300 quilômetros, a fim de que todos coletassem seu próprio sal de cozinha, deixando de adquirir o produto industrializado dos britânicos e, portanto, não pagando impostos.
Esta ação eficiente, que feriu os cofres da Coroa Britânica, foi a chamada Marcha do Sal, ocorrida entre 12 de março e 5 de abril de 1930. 
(veja.abril.com.br/idade/exclusivo/conheca_pais/india/personagem.html Acesso em: 09.08.2013. Adaptado)
De acordo com as informações do texto, é correto afirmar que a Marcha do Sal demonstrava a
a) cooperação entre o Império Britânico e a Índia governada por Gandhi.   
b) recusa de Gandhi à exploração neocolonial da Índia pela Inglaterra.   
c) aprovação de Gandhi à cobrança de impostos dos produtos agrícolas.   
d) adesão de Gandhi ao modelo neocolonial mercantilista da Coroa Britânica.   
e) ação educativa de Gandhi para conscientizar o povo contra o uso do sal marinho.   
  
5. (Acafe 2014)  Durante o período da Guerra Fria as ideias do pan-africanismo e o pan-arabismo foram relevantes na afirmação de diversos movimentos de libertação e de independência na África e Oriente Médio.
Acerca desses movimentos e de suas proposições e correlações é correto afirmar, exceto:
a) No Oriente Médio, o pan-arabismo teve no presidente egípcio Gamal Abdel Nasser uma de suas principais lideranças. Nasser defendia a união dos povos árabes contra a forte presença dos EUA e de Israel.   
b) Das potências europeias coloniais, França e Reino Unido apoiaram a agenda dos dois movimentos, já que viam os mesmos como forma de impedir a expansão dos interesses soviéticos na África e no Oriente Médio.   
c) O pan-africanismo inspirou vários movimentos de libertação nesse continente. A intenção de criar “uma identidade africana” era instrumento ideológico de aproximação dos povos na luta contra as metrópoles.   
d) Outro alvo do movimento pan-africanista era o racista regime sul-africano que se perpetuou no poder através do Apartheid, por décadas.   
  
6. (Upf 2012)  Analise a charge abaixo que apresenta alguns elementos dos processos de descolonização ou libertação da África negra durante o século XX. Aponte a assertiva correta com base na imagem e na história do processo de independência das colônias africanas.

a) A descolonização foi uma iniciativa dos colonizadores, que, conscientes da importância do princípio de autodeterminação dos povos, afastam-se para deixar que cada nação africana ainda regida por europeus seja independente.   
b) Muitas lideranças africanas implementaram ditaduras pautadas na força quando da sua independência em relação aos europeus.   
c) A luta anticolonial foi estimulada pela Segunda Guerra Mundial, quando soldados das colônias foram incorporados aos exércitos nas batalhas da Europa e obtiveram direitos políticos para suas nações em função de sua participação na derrocada do nazifascismo.   
d) Apesar de alguns líderes africanos terem se destacado na luta pela independência, o processo foi solucionado de forma pacífica, evidenciando a conscientização de todos os envolvidos.   
e) O Pan-Africanismo visava congregar as nações independentes em entidades desportivas que auxiliassem na sua afirmação identitária nacional, fazendo uso da Copa da África, Copa do Mundo e Olimpíadas para reforçar a união de suas populações.   


 7. (Ufes) O presidente sul-africano ficou surpreso ao saber que, no Brasil, o maior país de população negra fora da África, se fala uma só língua e se pratica o sincretismo religioso.
("O Globo" - 23/7/98)
O texto se refere à visita ao Brasil do presidente sul-africano, Nelson Mandela, que combateu duramente os sérios problemas enfrentados pela África do Sul após se libertar da sujeição efetiva à Inglaterra. Uma das dificuldades por que passou o país foi a política de "apartheid", que consistia no(a)
a) resistência pacífica, que previa o boicote aos impostos e ao consumo dos produtos ingleses.
b) radicalismo religioso, que não permitia aos brancos professar a religião dos negros, impedindo o sincretismo religioso que interessava aos ingleses.
c) manutenção da igualdade social, que facilitava o acesso à cultura a brancos e negros, desde que tivessem poder econômico e político.
d) segregacionismo oficial, que permitia que uma minoria de brancos controlasse o poder político e garantisse seus privilégios diante da maioria negra.
e) desarmamento obrigatório para qualquer instituição nacional e exigência do uso exclusivo do dialeto africano nas empresas estrangeiras.


8. (Fuvest 2011) África vive (...) prisioneira de um passado inventado por outros. 
Mia Couto, Um retrato sem moldura, In: HERNANDEZ, Leila, 
A África na sala de aula. São Paulo: Selo Negro, p.11, 2005. 
A frase acima se justifica porque 
a) os movimentos de independência na África foram patrocinados pelos países imperialistas, com o objetivo de garantir a exploração econômica do continente. 
b) os distintos povos da África preferem negar suas origens étnicas e culturais, pois não há espaço, no mundo de hoje, para a defesa da identidade cultural africana. 
c) a colonização britânica do litoral atlântico da África provocou a definitiva associação do continente à escravidão e sua submissão aos projetos de hegemonia europeia no Ocidente. 
d) os atuais conflitos dentro do continente são comandados por potências estrangeiras, interessadas em dividir a África para explorar mais facilmente suas riquezas. 
e) a maioria das divisões políticas da África definidas pelos colonizadores se manteve, em linhas gerais, mesmo após os movimentos de independência. 


9. (Cesgranrio) "Morre um homem por minuto em Ruanda. Um homem morre por minuto numa nação do continente onde o Homo Sapiens surgiu há um milhão de anos... Para o ano 2000 só faltam seis, mas a Humanidade não ingressará no terceiro milênio, enquanto a África for o túmulo da paz."
(Augusto Nunes, in: jornal O GLOBO, 6.8.94)
A situação de instabilidade no continente africano é o resultado de diversos fatores históricos, dentre os quais destacamos o(a):
a) fortalecimento político dos antigos impérios coloniais na região, apoiado pela Conferência de Bandung.
b) declínio dos nacionalismos africanos causado pelo final da Guerra Fria.
c) acirramento das guerras intertribais no processo de descolonização que não respeitou as características culturais do continente.
d) fim da dependência econômica ocorrida com as independências políticas dos países africanos, após a década de 50.
e) difusão da industrialização no continente africano, que provocou suas grandes desigualdades sociais.


10. (Ufrn) Em relação ao processo de descolonização afro-asiático, é correto afirmar:
a) As potências europeias, fortalecidas com o fim da 2 Guerra Mundial, investiram recursos na luta contra os movimentos de libertação que explodiam nas colônias.
b) A Organização das Nações Unidas tornou-se o parlamento no qual muitos países condenavam o neocolonialismo, dado que proclamava a autodeterminação dos povos.
c) A Guerra Fria dificultou a descolonização, em virtude da oposição de soviéticos e americanos, que viam no processo uma limitação de seu poder de influência na África e na Ásia.
d) As nações que optaram por guerra e luta armada foram as únicas que conquistaram independência e autonomia política frente à dominação dos países europeus.

11. (Fgv) "... em 1955, em Bandung, na Indonésia, reuniram-se 29 (...) países que se apresentavam como do Terceiro Mundo. Pronunciaram-se pelo socialismo e pelo neutralismo, mas também contra o Ocidente e contra a União Soviética, e proclamaram o compromisso dos povos liberados de ajudar a libertação dos povos dependentes..."
A conferência a que o texto se refere é apontada como um
a) indicador da crise do sistema colonial por representar os interesses dos países que estavam sofrendo as consequências do processo de industrialização na Europa.
b) indício do processo de globalização da economia mundial uma vez que suas propostas defendiam o fim das restrições alfandegárias nos países periféricos.
c) sintoma de esgotamento do imperialismo americano no Oriente Médio, provocado pela quebra do monopólio nuclear a favor dos árabes.
d) sinal de desenvolvimento da economia dos denominados "tigres asiáticos" que valorizou o planejamento estratégico, a industrialização independente e a educação.
e) marco no movimento descolonizador da África e da Ásia que condenou o colonialismo, a discriminação racial e a corrida armamentista.

12. (Fgv) O genocídio que teve lugar em Ruanda, assim como a guerra civil em curso na República Democrática do Congo, ou ainda o conflito em Darfur, no Sudão, revelam uma África marcada pela divisão e pela violência. Esse estado de coisas deve-se, em parte,
a) às diferenças ideológicas que perpassam as sociedades africanas, divididas entre os defensores do liberalismo e os adeptos do planejamento central.
b) à intolerância religiosa que impede a consolidação dos estados nacionais africanos, divididos nas inúmeras denominações cristãs e muçulmanas.
c) aos graves problemas ambientais que produzem catástrofes e aguçam a desigualdade ao perpetuar a fome, a violência e a miséria em todo o continente.
d) à herança do colonialismo, que introduziu o conceito de Estado-nação sem considerar as características das sociedades locais.
e) às potências ocidentais que continuam mantendo uma política assistencialista, o que faz com que os governos locais beneficiem-se do caos.

13. (Fuvest) Assolado pela miséria, superpopulação e pelos flagelos mortíferos da fome e das guerras civis, a situação de praticamente todo o continente africano é, neste momento de sua história, catastrófica. Este quadro trágico decorre:
a) de fatores conjunturais que nada têm a ver com a herança do neocolonialismo, uma vez que a dominação colonial européia se encerrou logo após a segunda guerra mundial.
b) exclusivamente de um fator estrutural, posterior ao colonialismo europeu, mas interno ao continente, que é o tribalismo, que impede sua modernização.
c) da inserção da maioria dos países africanos na economia mundial como fornecedores de matérias-primas cujos preços têm baixado continuamente.
d) exclusivamente de um fator estrutural, externo ao continente, a espoliação imposta e mantida pelo Ocidente que bloqueia a sua autodeterminação.
e) da herança combinada de tribalismo e colonialismo, que redundou na formação de micro-nacionalismos incapazes de reconstruir antigas formas de associação bem como de construir novas.

14. (Fuvest) Portugal foi o país que mais resistiu ao processo de descolonização na África, sendo Angola, Moçambique e Guiné-Bissau os últimos países daquele continente a se tornarem independentes. Isto se explica
a) pela ausência de movimentos de libertação nacional naquelas colônias.
b) pelo pacifismo dos líderes Agostinho Neto, Samora Machel e Amílcar Cabral.
c) pela suavidade da dominação lusitana baseada no paternalismo e na benevolência.
d) pelos acordos políticos entre Portugal e África do Sul para manter a dominação.
e) pela intransigência do salazarismo somente eliminada com a Revolução de Abril de 1974.

 15. (Fuvest) Na década de 1950, dois países islâmicos tomaram decisões importantes: em 1951, o governo iraniano de Mossadegh decreta a nacionalização do petróleo; em 1956, o presidente egípcio, Nasser, anuncia a nacionalização do canal de Suez. Esses fatos estão associados
a) às lutas dos países islâmicos para se livrarem da dominação das potências Ocidentais.
b) ao combate dos países árabes contra o domínio militar norte-americano na região.
c) à política nacionalista do Irã e do Egito decorrente de uma concepção religiosa fundamentalista.
d) aos acordos dos países árabes com o bloco soviético, visando à destruição do Estado de Israel.
e) à organização de um Estado unificado, controlado por religiosos islâmicos sunitas.

16. (Pucsp) "A economia dos países africanos caracteriza-se por alto endividamento externo, elevadas taxas de inflação, constante desvalorização da moeda e grande grau de concentração de renda, mantidos pela ausência ou fraqueza dos mecanismos de redistribuição da riqueza e pelo aprofundamento da dependência da ajuda financeira internacional, em uma escala que alguns países não tiveram nem durante o colonialismo".
Leila Leite Hernandez. "A África na sala de aula". São Paulo: Selo Negro Edições, 2005, p. 615.
O fragmento caracteriza a atual situação geral dos países africanos que obtiveram sua independência na segunda metade do século XX. Sobre tal caracterização pode-se afirmar que:
a) deriva sobretudo da falta de unidade política entre os Estados nacionais africanos, que impede o desenvolvimento de uma luta conjunta contra o controle do comércio internacional pelos grandes blocos econômicos.
b) é resultado da precariedade de recursos naturais no continente africano e da falta de experiência política dos novos governantes, que facilitam o agravamento da corrupção e dificultam a contenção dos gastos públicos.
c) deriva sobretudo das dificuldades de formação dos Estados nacionais africanos, que não conseguiram romper totalmente, após a independência, com os sistemas econômicos, culturais e político-administrativos das antigas metrópoles.
d) é resultado exclusivo da globalização econômica, que submeteu as economias dos países pobres às dos países ricos, visando à exploração econômica direta e estabelecendo a hegemonia norte-americana sobre todo o planeta.
e) deriva sobretudo do desperdício provocado pelas guerras internas no continente africano, que tiveram sua origem no período anterior à colonização européia e se reacenderam em meio às lutas de independência e ao processo de formação nacional.

17. (Uerj) A África subsaariana conheceu, ao longo dos últimos quarenta anos, trinta e três conflitos armados que fizeram no total mais de sete milhões de mortos. Muitos desses conflitos foram provocados por motivos étnico-regionais, como os massacres ocorridos em Ruanda e no Burundi.
(Le Monde Diplomatique, maio/1993 - com adaptações.)
Das alternativas abaixo, aquela que identifica uma das raízes históricas desses conflitos no continente africano é:
a) a chegada dos portugueses, que, em busca de homens para escravização, extinguiram inúmeros reinos existentes
b) a Guerra Fria, que, ao provocar disputas entre EUA e URSS, transformou a África num palco de guerras localizadas
c) o Imperialismo, que, ao agrupar as diferentes nacionalidades segundo tradições e costumes, anulou direitos de conquista
d) o processo de descolonização, que, mantendo as mesmas fronteiras do colonialismo europeu, desrespeitou as diferentes etnias e nacionalidades

18. (Ufmg) "O colonialismo em todas as suas manifestações, é um mal a que deve ser posto fim imediatamente."
Os argumentos dessa reinvidicação, expressa na Conferência de Bandung (1955), estavam fundamentados
a) na Carta das Nações Unidas e Declaração dos Direitos do Homem.
b) na Encíclica "Rerum Novarum" e nas resoluções do Concílio Vaticano II.
c) na estratégia revolucionária do Kominform para as regiões coloniais.
d) na Teoria do Efeito Dominó do Departamento de Estado americano.
e) nas teorias de revolução e imperialismo do marxismo-leninismo.

19. (Fgvrj 2012)
Até que a filosofia que sustenta uma raça 
Superior e outra inferior 
Seja finalmente e permanentemente desacreditada e abandonada, 
Haverá guerra, eu digo, guerra. 
(...) 
Até que os regimes ignóbeis e infelizes, 
Que aprisionam nossos irmãos em Angola, em Moçambique, 
África do Sul, em condições subumanas, 
Sejam derrubados e inteiramente destruídos, haverá 
Guerra, eu disse, guerra. 
(...) 
Até esse dia, o continente africano 
Não conhecerá a paz, nós, africanos, lutaremos, 
Se necessário, e sabemos que vamos vencer, 
Porque estamos confiantes na vitória 
Do bem sobre o mal, 
Do bem sobre o mal... 
War. Bob Marley, 1976. 

A canção War foi composta por Bob Marley, a partir do discurso pronunciado pelo imperador da Etiópia, Hailé Selassié (1892-1975) em 1936, na Liga das Nações. As ideias do discurso, presentes na letra da canção acima, estão associadas: 
a) Ao darwinismo social, que propunha a superioridade africana sobre as demais raças humanas. 
b) Ao futurismo, que consagrava a ideia da guerra como a higiene e renovação do mundo. 
c) Ao pan-africanismo, que defendia a existência de uma identidade comum aos negros africanos e a seus descendentes. 
d) Ao sionismo, que defendia que o imperador Selassié era descendente do rei Salomão e da rainha de Sabá e deveria assumir o governo de Israel. 
e) Ao apartheid, que defendia a superioridade branca e a política de segregação racial na África do Sul.

20. (Ufsm 2011) "A primeira coisa, portanto, é dizer-vos a vós mesmos: Não aceitarei mais o papel de escravo. Não obedecerei às ordens como tais, mas desobedecerei quando estiverem em conflito com a minha consciência. O assim chamado patrão poderá sussurrar-vos e tentar forçar-vos a servi-lo. Direis: Não, não vos servirei por vosso dinheiro ou sob ameaça. Isso poderá implicar sofrimentos. Vossa prontidão em sofrer acenderá a tocha da liberdade que não pode jamais ser apagada." (Mahatma Gandhi) 
In: MOTA, Myriam; BRAICK, Patrícia. História das cavernas ao Terceiro Milênio. São Paulo: Moderna, 2005. p.119. 

"Acenderá a tocha da liberdade que não pode jamais ser apagada" são palavras de Mahatma Gandhi (1869-1948) que, no contexto da Guerra Fria, inspiraram movimentos como 
a) o acirramento da disputa por armamentos nucleares entre os EUA e a URSS, objetivando a utilização do arsenal nuclear como instrumento de dissuasão e amenização das disputas. 
b) a reação dos países colonialistas europeus visando a diminuir o poder da Assembleia Geral da ONU e reforçar o poder do Secretário Geral e do Conselho de Segurança. 
c) as concessões unilaterais de independência às colônias que concordassem em formar alianças econômicas, políticas e estratégicas com suas antigas metrópoles, como a Comunidade Britânica de Nações e a União Francófona. 
d) o reforço do regime de "apartheid" na África do Sul que, após prender o líder Nelson Mandela e condená-lo à prisão perpétua, procurou expandir a segregação racial para os países vizinhos, como a Rodésia e a Namíbia. 
e) o não alinhamento político, econômico e militar aos EUA ou à URSS, decisão tomada pelos países do Terceiro Mundo reunidos na Conferência de Bandung, na Indonésia.


sábado, 29 de julho de 2017

Sumário

Sumário



























Questões 

Questões objetivas: Oriente Médio, África e América Latina

Questões objetivas: Oriente Médio, África e América Latina no século XX

1- Gamal Abdel Nasser, líder egípcio, governou o país de 1953 a 1970, quando morreu. Ele adotou uma linha política que foi importantíssima para o Oriente Médio. Suas principais características foram:

a) Estado semi liberal, aristocracia agrária, sem nacionalismo acentuado.
b) Estado forte, militarizado, sem nacionalismo acentuado, pan-arabismo.
c) Orientação nacionalista, militarismo, pan-arabismo, alinhamento à esquerda.
d) Orientação nacionalista, intervenção do Estado na economia, neutralismo positivo, pan-arabismo.
e) Neutralismo positivo, pan-arabismo.
GABARITO: Nasser destacou-se a frente do governo egípcio exatamente por seu posicionamento em defesa do nacionalismo econômico, que muito desagradava aos EUA, ao Reino Unido e à França, além de ter sido um dos articuladores da Conferência de Bandung, que definiu a formação do Bloco dos Não-Alinhados e também assumiu a liderança do movimento Pan-arabista, cujo único resultado foi a criação da República Árabe Unida reunindo o Egito e a Síria.

2- O Oriente Médio é, até os nossos dias, um dos principais "barris de pólvora" do mundo contemporâneo.
Considere as afirmativas:

(I) O Movimento Sionista expressa a luta pela constituição de um Estado de um Estado Palestino.
(II) Os vários grupos religiosos presentes no Líbano são focos de radicalização das tensões sociais.
(III) A Guerra de Suez, em 1956, foi um conflito entre as tropas de Israel e do Egito.
(IV) Em 1947, A ONU aprovou um plano de partilha da região da Palestina, para formar dois estados: um judaico e outro árabe.
(V) No Livro Sagrado dos muçulmanos - o Corão - há o reconhecimento da cultura e religião israelenses.
(VI) Os Acordos de Camp David sancionaram a incorporação legal das regiões de Gaza e da Cisjordânia pelo estado de Israel.

As afirmativas que estão corretas são as indicadas por:

a) I, III e V  b) I, V e VI  c) II, III e IV  d) II, IV e VI  e) II, V e VI

GABARITO: a afirmativa I erra ao relacionar o Sionismo, movimento de migração de judeus para a Palestina, com  a formação do Estado Árabe Palestino;
a afirmativa V erra ao considerar que no Corão, livro sagrado dos muçulmanos, aja um reconhecimento do judaísmo, ignorando a rivalidade e a inimizade existentes entre esses grupos étnicos;
a afirmativa VI erra ao relacionar as decisões do Protocolo de Oslo de 1993 entre Arafat e Rabin, com o Acordo de Camp David entre Begin e Al-Sadat, que previa a devolução ao Egito da Península do Sinai.

3- A ocupação e colonização da Faixa de Gaza, Cisjordânia e das Colinas de Golan por Israel sobre seus vizinhos árabes, foi iniciada a partir da:

a) Guerra dos Seis Dias (1967). b) Guerra do Yom Kippur (1973). C) Intifada (1987). e) Guerra do Golfo (1991)
GABARITO: foi na Guerra dos Seis Dias, que Israel alcançou sua máxima distensão incorporando os chamados territórios ocupados da Faixa de Gaza, da Cisjordânia, das Colinas de Golã e da Península do Sinai.

4- A "Aliança para o Progresso" foi:

a) um tratado de comércio entre os países latino-americanos para a ampliação do intercâmbio industrial através das reduções das barreiras alfandegárias entre eles;
b) um acordo de cooperação do governo norte-americano do presidente Robert Kennedy com os governos asiáticos visando à independência econômica de seus países;
c) uma ação do governo norte-americano em direção ao apaziguamento dos nacionalismos e das guerrilhas da América Latina, através de estímulos à modernização;
d) uma aliança econômica e militar dos EUA com os países latino-americanos visando derrubar o governo comunista de Fidel Castro em Cuba;
e) uma aliança de países europeus visando a formação da Comunidade Econômica Europeia.
GABARITO: a Aliança para o Progresso foi uma nova geopolítica dos EUA para a América Latina, em resposta a vitória da Revolução Cubana e a opção de Cuba pela via comunista, nessa "nova" política norte americana visava estreitar as relações entre Washington e a América Latina, usando a chamada Diplomacia do Dólar, para viabilizar o desenvolvimento da região distanciando-a da via comunista.

5- A Revolução Mexicana de 1910, do ponto de vista social, caracterizou-se:

a) pela intensa participação camponesa.  b) pela aliança entre operários e camponeses.
c) pela liderança de grupos socialistas.    d) pelo apoio da Igreja aos sublevados.
e) pela forte presença de combatentes estrangeiros.
GABARITO: a Revolução Mexicana foi por excelência um movimento de base camponesa sob o comando dos líderes populares Pancho Villa no Norte e Emiliano Zapata no Sul, cujo objetivo era, como dizia Zapata, a devolução das terras aos índios.

6- Sobre o governo de Juan Domingo Perón (1946-1955) na Argentina podemos afirmar que:

a) recebeu expressivo apoio de parte importante da classe trabalhadora, ainda que não lhe tenha concedido benefícios concretos.
b) foi um governo com uma retórica nacionalista, que recebeu dos "descamisados" importante sustentação política.
c) deslocou o centro das atenções políticas para a figura carismática de Eva Perón, assumindo o presidente uma postura discreta e secundária.
d) foi um governo ditatorial, pois fechou o Congresso e colocou os partidos políticos na ilegalidade.
e) buscou persistentemente, no plano internacional, uma aliança com os Estados Unidos.

GABARITO: Perón representou na Argentina o que Vargas representou para o Brasil, ou seja, a construção do Populismo e de uma política denominada por ele como justicialista, que ia ao encontro das classes trabalhadoras e populares, com políticas educacionais, habitacionais entre outras.

7- "Ex-atriz, Eva Duarte nunca parou de representar. Depois que casou com Perón, assumiu o papel de Evita Perón, 'a mãe dos descamisados'. Bela, sofisticada, ardente, foi responsável por parte da popularidade do marido...
Evita adorava distribuir brinquedos e doces para os descamisados. Era tão excitante quanto as bolhinhas de champanhe! Os pobres a chamavam de 'Dama da Esperança"...    (Mário Schmidt)
As expressões: "a mãe dos descamisados", e "Dama da Esperança" refletem uma face da política populista.

8- Nos anos de 1960/1970, vários países da América Latina sofrem intervenções militares. Essas intervenções ocorrem porque é necessário, EXCETO:
a) garantir o poder da elite político-social incrustada no Estado.
b) salvaguardar os interesses do capital estrangeiro investido nos países.
c) reduzir o espaço democrático conquistado pelos sindicatos e partidos.
d) reconhecer o papel das forças armadas como instrumentos do poder civil.
e) ampliar a ação e o poder do Estado no controle da sociedade civil.

9- A Revolução é uma súbita imersão do México em seu próprio ser (...)  é uma busca de nós mesmos e um regresso à mãe. Nela, o México se atreve a ser.
 (OCTAVIO PAZ, escritor mexicano. Citado por Grandes Fatos do Século XX. Rio de Janeiro, Rio Gráfica, 1984.)
A Revolução Mexicana, iniciada em 1911,
ole da política econômica e social pelos trabalhadores urbanos.
b) abolir a servidão econômica e social e preparar o campo político para a burguesia romper os laços de dominação colonial e implantar o capitalismo na Argentina.
c) transformar a sociedade argentina, substituindo a aristocracia de sangue Chapetones pela do dinheiro, admitindo reformas que promovessem a igualdade econômica dos cidadãos.
d) promover uma política de conciliação de classes sociais visando à modernizatrouxe à tona a organização e a luta de populações camponesas de origem indígena que até hoje utilizam esse movimento como símbolo.
A eclosão da Revolução Mexicana pode ser explicada pelos seguintes motivos:

a) a influência do ideário positivista e a atuação dos "científicos" nos movimentos camponeses
b) a luta do campesinato pela propriedade da terra e as reivindicações de setores burgueses por um maior espaço na política
c) a necessidade de uma modernização capitalista e o desejo da burguesia pela ampliação da influência do capital francês no país
d) a união dos liberais e dos comunistas mexicanos contra o Porfiriato e o interesse dos grandes proprietários na aliança com o capital inglês
e) pelo seu processo de independência no século XIX, onde o México se endividou e a revolução era uma possibilidade para alterar tal situação de dependência.

10- "O movimento guerrilheiro Zapatista, desencadeado em 1994, utilizou-se do emprego da luta armada para a obtenção de fins políticos e conjugou reivindicações econômicas e sociais com a defesa de valores culturais das populações indígenas."
O movimento, ao qual o texto se refere, tem alcançado grande repercussão e está localizado no:

a) Peru.   b) Haiti.   c) Panamá.   d) Equador.   e) México.

11- O primeiro projeto de implantação global do neoliberalismo na América Latina teve início:

a) na Venezuela, após o "impeachment" do Presidente Carlos Andrés Peres.
b) no Chile, a partir da ditadura de Pinochet.
c) no Brasil, com a formulação do Plano Trienal do Governo João Goulart.
d) em Cuba, com a ascensão ao poder de Fidel Castro.
e) no Peru, após o golpe de Estado que concentrou poderes nas mãos de Fujimori.

12- Durante a Presidência de Jimmy Carter (1977-81), a política dos Estados Unidos para a América Latina caracterizou-se por um(a):

a) aumento do fornecimento de armas a diversos países latino-americanos.
b) incremento dos acordos militares e nucleares entre os Estados Unidos, o Brasil e a Argentina.
c) retomada dos princípios intervencionistas contidos na Doutrina Truman.
d) condenação dos regimes políticos sem liberdades democráticas estabelecidas.
e) rejeição do Tratado para a devolução da "Zona do Canal" ao Panamá.

13- "Morre um homem por minuto em Ruanda. Um homem morre por minuto numa nação do continente onde o Homo Sapiens surgiu há um milhão de anos... Para o ano 2000 só faltam seis, mas a Humanidade não ingressará no terceiro milênio, enquanto a África for o túmulo da paz."
                               (Augusto Nunes, in: jornal O GLOBO, 6.8.94)
A situação de instabilidade no continente africano é o resultado de diversos fatores históricos, dentre os quais destacamos o(a):

a) fortalecimento político dos antigos impérios coloniais na região, apoiado pela Conferência de Bandung.
b) declínio dos nacionalismos africanos causado pelo final da Guerra Fria.
c) acirramento das guerras intertribais no processo de descolonização que não respeitou as características culturais do continente.
d) fim da dependência econômica ocorrida com a independência política dos países africanos, após a década de 50.
e) difusão da industrialização no continente africano, que provocou suas grandes desigualdades sociais.

14- "A Conferência está de acordo em declarar que o colonialismo, em todas as suas manifestações, é um mal a que deve ser posto fim imediatamente."
                 (DECLARAÇÃO DA CONFERÊNCIA DE BANDUNG, abril de 1955)
Após a Segunda Guerra Mundial, a dominação ocidental no continente asiático e no continente africano foi contestada por movimentos locais de confronto com as nações imperialistas, em prol da independência e da autodeterminação dos povos desses continentes. Dentre os fatores que possibilitaram o processo de descolonização afro-asiático, NÃO podemos apontar a(o):

a) influência da doutrina socialista, principalmente nas áreas coloniais que sofreram transformações revolucionárias, tais como o Vietnã e Angola.
b) transferência para as áreas coloniais de uma ideologia humanista e antinacionalista, expressa na organização doutrinária do Bloco dos Não-Alinhados.
c) deslocamento dos centros hegemônicos das decisões políticas internacionais da Europa para os EUA e a U.R.S.S.
d) enfraquecimento das potências coloniais europeias provocado por sua participação na Segunda Guerra Mundial.
e) fim do mito da inferioridade dos povos afro-asiáticos, em virtude das vitórias japonesas contra os ocidentais na guerra do Pacífico.

15- "... em 1955, em Bandung, na Indonésia, reuniram-se 29 (...) países que se apresentavam como do Terceiro Mundo. Pronunciaram-se pelo socialismo e pelo neutralismo, mas também contra o Ocidente e contra a União Soviética, e proclamaram o compromisso dos povos liberados de ajudar a libertação dos povos dependentes..."
A conferência a que o texto se refere é apontada como um:

a) indicador da crise do sistema colonial por representar os interesses dos países que estavam sofrendo as consequências do processo de industrialização na Europa.
b) indício do processo de globalização da economia mundial uma vez que suas propostas defendiam o fim das restrições alfandegárias nos países periféricos.
c) sintoma de esgotamento do imperialismo americano no Oriente Médio, provocado pela quebra do monopólio nuclear a favor dos árabes.
d) sinal de desenvolvimento da economia dos denominados "tigres asiáticos" que valorizou o planejamento estratégico, a industrialização independente e a educação.
e) marco no movimento descolonizador da África e da Ásia que condenou o colonialismo, a discriminação racial e a corrida armamentista.

16- O genocídio que teve lugar em Ruanda, assim como a guerra civil na República Democrática do Congo, ou ainda o conflito em Darfur, no Sudão, revelam uma África marcada pela divisão e pela violência. Esse estado de coisas deve-se, em parte:

a) às diferenças ideológicas que perpassam as sociedades africanas, divididas entre os defensores do liberalismo e os adeptos do planejamento central.
b) à intolerância religiosa que impede a consolidação dos estados nacionais africanos, divididos nas inúmeras denominações cristãs e muçulmanas.
c) aos graves problemas ambientais que produzem catástrofes e aguçam a desigualdade ao perpetuar a fome, a violência e a miséria em todo o continente.
d) à herança do colonialismo, que introduziu o conceito de Estado-nação sem considerar as características das sociedades locais.
e) às potências ocidentais que continuam mantendo uma política assistencialista, o que faz com que os governos locais beneficiem-se do caos.

17- As resistências à descolonização da Argélia derivaram essencialmente:

a) da reação de setores políticos conservadores na França, associados aos franceses que viviam na Argélia.
b) da pressão das grandes potências que temiam a implantação do fundamentalismo islâmico na região.
c) da iniciativa dos Estados Unidos que pressionaram a França a manter a colônia a qualquer preço.
d) da ação pessoal do general De Gaulle que se opunha aos projetos hegemônicos dos Estados Unidos.
e) da atitude da França que desejava expandir suas colônias, após a Segunda Guerra Mundial.

18- Portugal foi o país que mais resistiu ao processo de descolonização na África, sendo Angola, Moçambique e Guiné-Bissau os últimos países daquele continente a se tornarem independentes. Isto se explica:

a) pela ausência de movimentos de libertação nacional naquelas colônias.
b) pelo pacifismo dos líderes Agostinho Neto, Samora Machel e Amílcar Cabral.
c) pela suavidade da dominação lusitana baseada no paternalismo e na benevolência.
d) pelos acordos políticos entre Portugal e África do Sul para manter a dominação.
e) pela intransigência do salazarismo somente eliminada com a Revolução de Abril de 1974.

19- Na década de 1950, dois países islâmicos tomaram decisões importantes: em 1951, o governo iraniano de Mossadegh decreta a nacionalização do petróleo; em 1956, o presidente egípcio, Nasser, anuncia a nacionalização do canal de Suez. Esses fatos estão associados:

a) às lutas dos países islâmicos para se livrarem da dominação das potências Ocidentais.
b) ao combate dos países árabes contra o domínio militar norte-americano na região.
c) à política nacionalista do Irã e do Egito decorrente de uma concepção religiosa fundamentalista.
d) aos acordos dos países árabes com o bloco soviético, visando à destruição do Estado de Israel.
e) à organização de um Estado unificado, controlado por religiosos islâmicos sunitas.

20- Na segunda metade do século XX, após décadas de dominação europeia, os povos da África conseguem se libertar. São marcas dos Estados Africanos hoje, EXCETO:

a) o domínio exercido por uma elite africana em lugar do antigo dominador.
b) o falso desenvolvimento econômico realizado em proveito do capital externo.
c) a independência formal associada à manutenção do domínio de "tipo colonial".
d) a solidariedade dos povos negros em luta contra os resíduos da europeização.
e) a tendência autoritária e violenta dos pequenos Estados recém-formados.

21-  A África subsaariana conheceu, ao longo dos últimos quarenta anos, trinta e três conflitos armados que fizeram no total mais de sete milhões de mortos. Muitos desses conflitos foram provocados por motivos étnico-regionais, como os massacres ocorridos em Ruanda e no Burundi.
                               (Le Monde Diplomatique, maio/1993 - com adaptações.)
Das alternativas abaixo, aquela que identifica uma das raízes históricas desses conflitos no continente africano é:

a) a chegada dos portugueses, que, em busca de homens para escravização, extinguiram inúmeros reinos existentes.
b) a Guerra Fria, que, ao provocar disputas entre EUA e URSS, transformou a África num palco de guerras localizadas.
c) o Imperialismo, que, ao agrupar as diferentes nacionalidades segundo tradições e costumes, anulou direitos de conquista.
d) o processo de descolonização, que, mantendo as mesmas fronteiras do colonialismo europeu, desrespeitou as diferentes etnias e nacionalidades.

22- "O colonialismo em todas as suas manifestações, é um mal a que deve ser posto fim imediatamente."
Os argumentos dessa reinvindicação, expressa na Conferência de Bandung (1955), estavam fundamentados:

a) na Carta das Nações Unidas e Declaração dos Direitos do Homem.
b) na Encíclica "Rerum Novarum" e nas resoluções do Concílio Vaticano II.
c) na estratégia revolucionária do Kominform para as regiões coloniais.
d) na Teoria do Efeito Dominó do Departamento de Estado americano.
e) nas teorias de revolução e imperialismo do marxismo-leninismo.

23- Em relação ao processo de descolonização afro-asiático, é correto afirmar:

a) As potências europeias, fortalecidas com o fim da 2ªGuerra Mundial, investiram recursos na luta contra os movimentos de libertação que explodiam nas colônias.
b) A Organização das Nações Unidas tornou-se o parlamento no qual muitos países condenavam o neocolonialismo, dado que proclamava a autodeterminação dos povos.
c) A Guerra Fria dificultou a descolonização, em virtude da oposição de soviéticos e americanos, que viam no processo uma limitação de seu poder de influência na África e na Ásia.
d) As nações que optaram por guerra e luta armada foram as únicas que conquistaram independência e autonomia política frente à dominação dos países europeus.

24- O vasto império colonial português na África, cujas origens se encontram na expansão ultramarina no século XV, começou a ruir a partir da década de 50 do século XX, quando suas colônias iniciam as lutas pela independência. Esse processo estava associado ao fim do Imperialismo e do Colonialismo, com a emancipação das colônias europeias na África e na Ásia. Dentre as opções abaixo, assinale aquela que NÃO está diretamente associada ao fim do Imperialismo e do Colonialismo Afro-asiático:

a) A ampliação do poder econômico e político dos Estados Unidos e da União Soviética.
b) As transformações políticas, econômicas, sociais e ideológicas causadas pela Segunda Grande Guerra.
c) A ampliação dos movimentos de caráter nacionalista.
d) O declínio da hegemonia europeia iniciado na Primeira Guerra Mundial.
e) As pressões da China comunista pela ampliação de sua área de influência na Ásia e na África ocidental.

25- A Inglaterra, detentora do mais rico e poderoso império marítimo, chegou ao auge de sua supremacia no Século XIX. A decadência do Império Britânico e o processo de descolonização nas colônias oriundas de povoamento inglês se relacionam com:

a) a educação política veiculada pelos dominadores, procurando desenvolver a consciência anti-imperialista dos dominados.
b) a transformação de alguns domínios em comunidades autônomas e iguais, não subordinadas umas às outras, embora unidas por uma fidelidade comum à Coroa Britânica e livremente associadas.
c) o controle administrativo direto das terras árabes, segundo fundamentos filantrópicos e zelo missionário.
d) o prolongado governo pela força e sem nenhum grau de autonomia dos domínios do Canadá, Austrália e Nova Zelândia.
e) a transferência de tecnologia para os domínios da África e da Ásia, a fim de assegurar imediata independência econômica.

26-  A descolonização do continente africano, a partir de 1950, libertou nações do imperialismo. Entretanto, não solucionou os problemas estruturais de diversos países do continente. Sobre os países africanos descolonizados, é correto afirmar-se que:

a) em Ruanda, ao processo de independência, conquistada em 1962, seguiu-se a criação de um governo de coalizão popular que, apoiado por investimentos ocidentais, extinguiu as rivalidades étnicas e as guerras tribais.
b) em Angola, a prolongada guerra civil após a independência, em 1975, provocou a intervenção da ONU no conflito, com a participação de soldados brasileiros, cujo objetivo é desarmar a guerrilha e auxiliar na reconstrução do país.
c) em Moçambique, que alcançou a independência em 1975, o movimento guerrilheiro de inspiração socialista FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique), apoiado pela União Soviética, conquistou a gestão das regiões auríferas da Rodésia.
d) na Argélia, independente em 1962, após o fracasso das tentativas de estabelecimento da democracia com as recentes eleições, ocorreu o golpe de estado dos fundamentalistas muçulmanos.
e) na Namíbia, a fraqueza política e econômica dos governos posteriores à independência, ocorrida em 1990, facilitou a invasão militar, com a anexação de seu território pela África do Sul.

27- O presidente sul-africano ficou surpreso ao saber que, no Brasil, o maior país de população negra fora da África, se fala uma só língua e se pratica o sincretismo religioso.

O texto se refere à visita ao Brasil do ex-presidente sul-africano, Nelson Mandela, que combateu duramente os sérios problemas enfrentados pela África do Sul após se libertar da sujeição efetiva à Inglaterra. Uma das dificuldades por que passou o país foi a política de "apartheid", que consistia no(a):

a) resistência pacífica, que previa o boicote aos impostos e ao consumo dos produtos ingleses.
b) radicalismo religioso, que não permitia aos brancos professar a religião dos negros, impedindo o sincretismo religioso que interessava aos ingleses.
c) manutenção da igualdade social, que facilitava o acesso à cultura a brancos e negros, desde que tivessem poder econômico e político.
d) segregacionismo oficial, que permitia que uma minoria de brancos controlasse o poder político e garantisse seus privilégios diante da maioria negra.
e) desarmamento obrigatório para qualquer instituição nacional e exigência do uso exclusivo do dialeto africano nas empresas estrangeiras.






Questões objetivas sobre a emancipação afro-asiática

1. (Pucsp 2017)  “Virou-se para Teoria. Este ainda não dormia. Sem Medo segredou-lhe: – O que conta é a ação. Os problemas do Movimento...