sábado, 29 de julho de 2017

Unidade XX: Os Fascismos

Os Fascismos

Os princípios fascistas

     Entre 1922 e 1939, começando pela Itália com Mussolini, estendendo-se a Portugal em 1932, à Alemanha em 1934 e Espanha em 1939 instalaram-se governos autoritários e ultranacionalistas de orientação fascista.
     Entretanto, chama atenção o fato de o Fascismo não ter apresentado um corpo único de doutrina. Então como ele funcionou? Segundo Benito Mussolini, o líder fascista italiano, a teoria fascista era a prática fascista. Ainda assim nos é possível listar alguns princípios adotados pelos regimes fascistas, instalados no período Entre-Guerras (1919/1939):

Estado totalitário e supremo. Esse princípio traduzia um Estado antidemocrático, que não assegurava as liberdades democráticas, não garantia os direitos da cidadania e considerava o Estado acima do indivíduo;

nacionalismo. Esse princípio compreendia duas ideias: uma que considerava necessário proteger os valores da cultura nacional da influência de valores estrangeiros e inferiores; outra que reconhecia a superioridade de uma nação sobre outra ou outras. Nesse caso a nação superior tinha o direito de subjugar aquelas que lhe eram inferiores;

imperialismo. Princípio que justificava a dominação de uma nação sobre outra;

- militarismo. Esse princípio se justificava como instrumento da expansão imperialista e, em tempos de crise, foi útil para combater o desemprego;

mono partidarismo. Princípio utilizado para construir a harmonia social. Segundo os fascistas um único partido implicaria uma única ideologia condições para a sociedade se tornar um corpo único, ainda que existindo as diferenças sociais;

corporativismo. Esse princípio implicou a extinção dos sindicatos de trabalhadores, que foram substituídos por uma corporação constituída por representantes dos trabalhadores e dos patrões. Na corporação os representantes do trabalho e do capital buscariam, de forma conciliada, definir a relação entre eles. Em caso de divergência entre eles, caberia ao Estado intervir para impor uma solução;

Culto ao líder. Princípio que considerava aquele líder que ocupava o poder, uma referência de virtudes para a sociedade, logo deveria ser admirado, amado e respeitado;

- Elitismo social. Esse princípio considerava que na sociedade existem indivíduos superiores e inferiores. Aos superiores era reconhecida a condição de exercerem o poder e aos inferiores exigia-se a conduta de obediência;

Intervencionismo econômico. Princípio que reconhecia o direito do Estado intervir na economia, não como investidor, mas como regulador da mesma.

Antimarxismo. Esse princípio traduzia a rejeição fascista aos princípios do igualitarismo social e da luta de classes defendidos pelo ideário marxista.

     Com relação aos princípios fascistas, vale ressaltar que na Alemanha Nazista o nacionalismo se confundiu com o racismo. Daí a política de superioridade da raça ariana e da submissão das outras raças, consideradas inferiores.
     Ainda com relação ao nazismo alemão, vale ressaltar que o III Reich não adotou o corporativismo. Na Alemanha coube ao Estado definir as regras de relacionamento entre o trabalho e o capital.


AS EXPERIÊNCIAS FASCISTAS

O Fascismo Ibérico

O Salazarismo
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Antonio Oliveira Salazar 
     
     Essas duas experiências fascistas foram as de maior longevidade, estenderam-se até a década de 1970, passaram incólumes pela II Guerra Mundial e desapareceram em decorrência das questões internas e não derrubados por forças externas como nos casos de Mussolini e de Adolf Hitler.
O Salazarismo
     Antônio Oliveira Salazar em 1932 passou de Ministro da Fazenda do governo do General Antonio Carmona iniciado com o golpe político de 1926 a Chefe de Governo numa articulação política ocorrida no interior do governo português. O governo Carmona já adotava uma postura anticomunista, promovendo ações de repressão aos comunistas e socialistas portugueses. A partir da instalação do governo Antonio Oliveira Salazar a intolerância contra os comunistas recrudesceu e repercutiu a influência do fascismo italiano, que inspirava a formação ideológica do casto Salazar.
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Jovens portugueses e a saudação fascista

     Em 1932, Salazar no cargo de Chefe de Governo estabeleceu o Estado Novo com base em  uma nova Constituição claramente inspirada nas diretrizes do fascismo italiano. Nela foi instituída a censura à imprensa, adotado o monopartidarismo, proibida a organização sindical e a realização de greves. Essas linhas adotadas pelo governo salazarista costuraram uma forte aliança entre o governo e os setores da burguesia portuguesa, a exemplo do que acontecia na Itália e mais tarde na Alemanha. O caráter anticomunista de Salazar e sua formação católica (estudou em seminários) deram a ele o importante apoio da Igreja em Portugal.
     A longevidade do Salazarismo é atribuída, em grande parte, ao fato de Portugal não ter se envolvido na Segunda Guerra Mundial e não ter adotado uma política expansionista, ainda que não renunciasse aos domínios afro-asiáticos, que o governo português classificava como territórios ultramarinos e não como colônias.

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A morte de Salazar em 1970, após um período de enfermidade, produziu um recrudescimento do movimento de oposição ao regime aglutinando a esquerda e os democratas liberais. Em 25 de abril de 1974 ocorreu a Revolução dos Cravos liderada pelos militares do MFA, com a participação da esquerda, que sem derramamento de sangue derrubou o governo Marcelo Caetano (1968-1974). Era o fim do Estado Novo. Nessa Revolução além das forças antisalazaristas de Portugal teve também a participação das lideranças nacionalistas nas “colônias”, o que abriu caminho para a libertação das mesmas após a vitória do movimento. A Revolução dos Cravos reunia três objetivos: redemocratização, superação do atraso econômico e a libertação das colônias. 

O Franquismo

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Em 1939 o General Francisco Franco, à frente dos Falangistas (fascistas espanhóis), assumiu o poder instalando uma dos regimes mais extremados e violentos da extrema direita no século XX em que contou com apoio da Igreja Católica, da “alta” burguesia, da classe média, dos latifundiários e de parte dos militares. Esse governo ocupou o poder após um período de três anos de guerra civil, que vitimou mais de um milhão de mortos, em sua maioria operários e camponeses, que lutaram contra os golpistas de Franco, em defesa do governo da Frente de Esquerda, democraticamente eleito..
    
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Integrantes das Brigadas Comunistas 

Nessa guerra os Falangistas tiveram apoio externo enviado pelos governos de Mussolini e de Adolf Hitler. O governo Nazista lançou sobre as cidades leais aos republicanos a força de sua aviação de guerra com um poderio devastador, como ocorreu coma cidade basca de Guernica, cuja destruição inspirou o pintor Pablo Picasso na sua obra mais conhecida o mural com o nome da cidade destruída.


    Depoimento de um padre Agostiniano sobre  a Guerra Civil Espanhola
     
     Segundo o Padre Juan Pablo (nome fictício) na Guerra Civil Espanhola, ele, que era apenas um menino naquela época, presenciou o engajamento dos padres na luta contra o comunismo na Espanha. De acordo com esse velho sacerdote, todos os dias após a celebração das missas, o padre celebrante convidava os fieis a permanecerem no templo para juntos rezarem o Terço, invocando a intercessão de Nossa Senhora junto ao seu Filho Jesus para afastar o comunismo da Espanha. Era quase um mantra. Segundo o Padre Juan, ele dentro da Igreja acompanhando sua mãe, ouvia o estrondo provocado pelos tiros de canhão disparados por ambos os lados da guerra.

     A exemplo do Salazarismo, o Franquismo também foi um regime longevo, estendendo-se até a morte do ditador em novembro de 1975. Sua longevidade é atribuída a sua política de não beligerância e sem participação na Segunda Guerra Mundial, ainda que tenha sido enviado um batalhão de voluntários em apoio aos alemães.
     Após a Segunda Guerra o Franquismo contou com a ajuda dos Estados Unidos em razão da política de contenção do comunismo da Doutrina Truman. Com o apoio dos EUA, o governo Franco não só teve acesso a recursos injetados na economia espanhola, quebrando o seu isolamento, como se livrou de acusação de crime de genocídio em razão dos milhares de espanhóis mortos pela repressão do regime.
     Entretanto, até o fim o Franquismo não impulsionou a economia espanhola, que permaneceu num nível de desenvolvimento inferior até mesmo das economias atingidas pela destruição da Segunda Guerra. Além disso, o caráter anti democrático se manteve até o último momento.
     Em novembro de 1975, vítima de causas naturais o ditador morreu. A sucessão se fez pela via monárquica, como o próprio Franco havia decidido nos anos 1940, com a ascensão ao trono do Rei Juan Carlo I. Com a democratização, a Espanha venceu o  atraso econômico através de um pacto proposto pelo 1º Ministro Adolfo Suárez.

    
                                             O Pacto de Moncloa
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Signatários do Pacto de Moncloa
  
  
   O Pacto de Moncloa foi firmado em 25 de outubro 1977, na Espanha, depois de 35 anos de ditadura do General Francisco Franco, que morreu em 1975. O Pacto de Moncloa foi assinado por representantes de todos os partidos com participação no Congresso e outros setores que selaram o acordo, para
combater a alarmante crise econômica que a Espanha enfrentava e também garantir o processo que instituiu as bases legais do moderno Estado democrático espanhol. Em menos de um ano, houve uma expressiva queda da inflação espanhola.
     Os resultados obtidos com o pacto social, como o controle da inflação, foram decisivos para o crescimento econômico, promovido pelo governo socialista, do 1º Ministro Felipe Gonzalez, instalado nas eleições de 1982.


O fascismo italiano
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     Em outubro de 1922, em razão de um acordo de centro-direita, com apoio da alta burguesia, da classe média e dos militares, o líder do Partido Nacional Fascista Benito Mussolini foi indicado para assumir o cargo de 1º ministro italiano em meio: a uma situação de crise econômica herdada da I Guerra (desemprego e inflação); de frustração com a exclusão da partilha das colônias alemãs confiscadas após a I Guerra e de manifestações operárias organizadas pelos sindicatos e partidos de esquerda. A bem da verdade o PNF obtivera nas eleições daquele ano uma representação inferior a 4% do Parlamento, o que em tese afastava qualquer pretensão de Mussolini de ocupar o cargo de Chefe de Governo.

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A Marcha sobre Roma de 28 de outubro de 1922
- Dias antes de ser oficializada a indicação de Mussolini para o cargo, os fascistas (camisas pretas) fizeram uma grande passeata, cerca de 50 mil deles, conhecida como Marcha sobre Roma em que exigiam que o poder fosse entregue ao seu líder;
- De 1922 a 1925, Mussolini governou a Itália dentro dos limites constitucionais. Logo não se considera como um período do regime fascista, mas sim de um governo fascista.



A fascistização italiana (1925/1943)

     Entretanto, com o resultado obtido pelo partido nas eleições de 1924 (64,9% das cadeiras do Parlamento) Mussolini pode impor a fascistização à Itália através de leis que o “parlamento” de maioria fascista não rejeitou. Assim, de1925 a 1943, a Itália foi enquadrada no ideário fascista: totalitarismo, nacionalismo, militarismo, imperialismo, corporativismo, mono partidarismo, anticomunismo, intervencionismo econômico, culto a personalidade, elitismo social e harmonia social.

Com relação a esses dezoito anos de fascismo vale destacar:

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- o acordo com a Igreja Católica (Tratado de Latrão de 1929) assinado com o Papa Pio XI, no qual a Igreja reconhecia o Estado Italiano e recebia em troca a soberania sobre o território do Estado do Vaticano, pondo fim ao longo período de distanciamento política provocado em 1870 com a anexação da Região Romana pelo Estado Italiano criado naquela oportunidade;

- a militarização e o expansionismo ocorridos nos anos 1930 como forma de enfrentamento da crise econômica que se abateu sobre o mundo e sobre a Itália em particular.
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Tropas Italianas na Abissínia (Etiópia)
Com relação ao expansionismo destacam-se a intervenção na Líbia em 1932 e a invasão da Etiópia em 1935.
     A invasão da Etiópia gerou uma reação da Liga das Nações (o país africano era independente e membro da LDN) que condenou a Itália e exigiu a imediata retirada das tropas. De modo a pressionar o governo italiano, a Liga determinou o embargo do carvão para o país. No entanto, a medida adotada pela Liga tornou-se inócua porque o governo alemão (governo nazista do III Reich) ignorou-a. Esta atitude nazista foi fundamental para que os italianos dominassem Adis-Abeba. A partir daí firmou-se uma aliança entre os dois países através do Pacto de Aço assinado em 1936 que deu origem ao Eixo Roma-Berlim.

O Nazifascismo alemão.
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     O fascismo na Alemanha instalou-se em 1934 quando Adolf Hitler, líder do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, apeado na chancelaria alemã desde 30 de janeiro de 1933, pode acumular as funções de chanceler com as de presidente após a morte do presidente Hindemburgo ocorrida em 1934.

     A compreensão do nazifascismo alemão passa pela análise da República de Weimar, instalada em 1918, após a renúncia do Kaiser Guilherme que provocou a queda do II Reich. A República de Weimar (1918/1934) período antecedente ao nazifascismo na Alemanha. Ao longo dos seus 16 anos a República que sucedeu o II Reich (1871-1918) enfrentou três fases:

1ª fase (1918-1923) Instabilidade econômica e política

     Nessa fase a República enfrentou a crise do pós-guerra (desemprego e hiperinflação), agitação social e ameaças de revolução e de golpes, como:

1919- a Revolução Spartacista promovida por uma facção do PC Alemão liderada por Rosa Luxemburgo;

1920- o Golpe do Dr. Kapp representante de grupos da extrema-direita vinculada ao II Reich;

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Alfred Rosemberg, Hitler e Friedrich Weber no Putsch de Munique



















1923- o Putsch de Munique – o golpe da cervejaria – liderado pelo general Luddendorf e pelo líder do pequeno partido de extrema-direita (Partido Nazista) Adolf Hitler.
Hitler foi preso e, na prisão, escreveu o livro Mein Kampf nos meses que esteve encarcerado.
A República, ora apoiada pela direita e ora apoiada pelos setores populares, sobreviveu a cada uma dessas ameaças.

2ª fase (1924-1930) estabilidade política e início da recuperação econômica

     Esses foram, com certeza, os anos mais tranquilos da República. Essa estabilidade foi resultado da injeção de capitais externos no país, graças a dois planos internacionais: Dawes em 1924 (norte americano) e Young em 1929 (britânico). A injeção de capitais permitiu aos alemães avançarem no processo de reconversão de sua economia.

3ª fase (1930-1934) instabilidade econômica (Grande Depressão) e a polarização ideológica.

     A década de 1930 começou numa turbulência econômica provocada pela Depressão dos EUA. Em razão da interrelação existente da economia europeia com a norte americana, a crise não demorou a estender-se ao velho continente, atingindo em cheio a economia alemã, que ainda não havia se recuperado integralmente dos efeitos da Primeira Guerra.
     A fragilidade da economia alemã provocou um quadro de convulsão social (o desemprego atingiu cerca de 30% da mão-de-obra ativa do país) que favoreceu a ascensão de grupos antiliberais tanto da esquerda quanto da direita. Foi nesse ambiente que aconteceram as eleições de 1932 para a presidência da República e para o Reichstag (Parlamento Alemão).
     Para a presidência foi reeleito o presidente Hindemburgo derrotando a candidatura de Adolf Hitler. Para o Reichstag não foi formada uma maioria (a extrema-direita conseguiu cerca de 40% e a esquerda cerca de 30%) o que dificultaria a formação de um governo. A solução foi constituir uma aliança de centro-direita aprovada pelo presidente Hindemburgo e apoiada pela alta burguesia e pela classe média, ambas amedrontadas pela dureza da crise e pelo avanço da esquerda.
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A reunião do Gabinete sob o comando de hitler
    















     Em 30 de janeiro de 1933 Hitler foi indicado para a chancelaria alemã para a formação de um governo que enfrentasse a crise e a ameaça representada pela esquerda.
     Ainda em 1933, o chanceler livrou-se dos comunistas, acusando-os de responsáveis do incêndio do Reichstag  imagem ao lado) ocorrido naquele ano. 
Em 1934 com a morte do presidente Hindemburgo, o chanceler acumulou as funções sem que houvesse qualquer resistência à sua pretensão.


A Nazificação alemã (1934/1945).

     Assim, de 1934 a 1945 Hitler teve a oportunidade de Nazificar a Alemanha. O primeiro passo foi extinguir a República e criar o III Reich (um Estado totalitário, policial e racista).

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Em 1935 através das leis de Nuremberg transformou os judeus em subcidadãos e iniciou a colocação deles nos guetos. 
  Em seguida adotou uma linha de confronto com o Tratado de Versalhes (ele o denominava DIKTAT) militarizando a Alemanha e iniciando uma ação expansionista sob a justificativa da doutrina do espaço vital (pregava a integração das comunidades alemãs dispersas na Europa sob a proteção do III Reich).
     Ao mesmo tempo, o III Reich adotou uma política econômica intervencionista que controlava o trabalho e orientava a atividade produtiva. Paralelamente inaugurou uma política externa agressiva, que contribuiu para uma escalada rumo a 2ª Guerra Mundial. Essa agressividade nazista contou, a seu favor, com uma política de apaziguamento adotada pelas chamadas democracias liberais lideradas pela Inglaterra e pela França. Esse apaziguamento justificado como um esforço pela paz, mas para alguns uma estratégia ocidental que apostava em um confronto entre o Estado Nazista e a URSS haja vista o caráter anticomunista do III Reich

A militarização e a política externa do Reich.
     Associado ao grande capital, o III Reich iniciou uma ofensiva militarista e expansionista destacando-se:

- A remilitarização da Renânia (1935);

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- A assinatura do Pacto de Aço com Mussolini (1936);

- O envio de apoio militar a Francisco Franco na Guerra Civil Espanhola ( 1936/39);

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- A anexação da Áustria, em março de 1938, ao III Reich (Anschluss), nessa foto ficou evidente a aceitação por parte dos austríacos da anexação à Alemanha Nazista.

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- A negociação, em setembro de 1938, com os franceses e ingleses no Pacto de Munique que permitiu a incorporação dos Sudetos Tchecos. Em Munique estiveram reunidos Neville Chamberlain 1º Ministro Inglês, Edouard Daladier 1º Ministro francês, Mussolini e o anfitrião Adolf Hitler. Nesse encontro Hitler convenceu aos franceses e ingleses que não faria nenhuma outra reivindicação territorial, se eles concordassem com a anexação dos Sudetos à Alemanha.  

- A assinatura, em 1939, com o governo japonês do Pacto Anti-Komintern, originando o Eixo Roma-Berlim-Tóquio;






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- A assinatura, em 23 de agosto de 1939, com Stalin do Pacto de Não-Agressão (Pacto Ribbentrop-Molotov), que garantiria a neutralidade soviética na guerra, pelo menos por 10 anos,  e estabeleceu a divisão da Polônia entre os dois;

- 01 de setembro de 1939 a invasão da Polônia dando início a II Guerra Mundial.


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