1. (Pucsp 2017) “Virou-se para Teoria. Este ainda não dormia. Sem Medo segredou-lhe:
– O que conta é a
ação. Os problemas do Movimento resolvem-se, fazendo a ação armada. A mobilização
do povo de Cabinda faz-se desenvolvendo a ação. Os problemas pessoais
resolvem-se na ação. Não uma ação à toa, uma ação por si. Mas a ação
revolucionária. O que interessa é fazer a Revolução, mesmo que ela venha a ser
traída.”
Pepetela. Mayombe.
São Paulo: Leya, 2013, p. 237.
O trecho, extraído de
um romance angolano, refere-se à luta do Movimento Popular de Libertação de
Angola (MPLA), na década de 1970, pela independência de Angola. Nessa obra de
ficção, aparecem diversos temas presentes nesse conflito. Entre eles,
a) a impossibilidade de
saídas negociadas, as divergências entre os vários grupos que lutavam contra a
colonização portuguesa, o personalismo de algumas lideranças.
b) o apoio da comunidade
internacional à independência angolana, a articulação da luta das várias
tribos, a preocupação dos portugueses com reformas políticas e sociais.
c) o temor do povo
angolano face à ameaça de invasão estrangeira, o diálogo ininterrupto com os
representantes portugueses, o abandono da luta armada.
d) a aliança da guerrilha
angolana com os fascistas portugueses, a ampla mobilização popular em favor da
emancipação política, a unidade dos grupos em luta.
2. (Fgv 2017)
Tudo muda.
De novo começar
podes, com o último alento.
O que acontece,
porém, fica acontecido:
E a água que pões no
vinho, não podes mais separar.
(...)
Porém, tudo muda: com
o último alento podes
de novo recomeçar.
Bertold Brecht
É a esse processo
histórico, que levou à liquidação dos impérios coloniais europeus e ao
surgimento ou ressurgimento de povos que se constituíram em Nações e Estados,
que se costuma dar o nome de descolonização.
Letícia Bicalho
Canêdo. A descolonização da Ásia e da África, 1985.
A partir dos textos,
é correto afirmar que
a) a colonização
europeia foi inseparável da descolonização da Ásia e da África do século XX,
pois o nacionalismo, um valor ocidental, foi usado pela classe dirigente que,
identificada com o Estado Nacional, não respeitou as tradições locais, isto é,
a descolonização não destruiu a colonização; água e vinho estão misturados.
b) a descolonização da
Ásia e da África, no século XX, fez surgir novos povos, identificados com suas
tradições e com valores antigos, essenciais para a estabilidade dos Estados e
das nações, geridos pela classe dirigente, distante do velho colonialismo; a
descolonização rompeu com a colonização, isto é, separou a água do vinho.
c) a descolonização da
Ásia e da África no século XIX, como continuidade ao colonialismo europeu,
identificou-se com a classe dirigente internacional, preservou as principais
tradições e criou o Estado Nacional a partir do nacionalismo, valor tribal que
garantiu estabilidade para aquelas regiões; portanto, a água não se separou do
vinho.
d) a descolonização da
Ásia e da África, no século XX, foi um processo separado da colonização, pois
os valores da tradição foram rompidos e surgiu o Estado Nacional como criação
da classe dirigente local, cujos interesses estavam alinhados com o capitalismo
internacional, o que significou desenvolvimento para a maioria; água e vinho
estão separados.
e) o processo de
descolonização do século XX, na Ásia e na África, é revolucionário na medida em
que destruiu o velho colonialismo e colocou no poder a classe dirigente local,
identificada com o capitalismo internacional, que organizou o Estado Nacional
segundo os interesses de estabilidade e de desenvolvimento para todos; água e
vinho estão separados.
3. (Enem
2016)
O regime do
Apartheid adotado de 1948 a 1994 na África do Sul fundamentava-se em ações
estatais de segregacionismo racial.
Na imagem, fuzileiros
navais fazem valer a “lei do passe” que regulamentava o(a)
a) concentração
fundiária, impedindo os negros de tomar posse legítima do uso da terra.
b) boicote econômico,
proibindo os negros de consumir produtos ingleses sem resistência armada.
c) sincretismo
religioso, vetando os ritos sagrados dos negros nas cerimônias oficiais do
Estado.
d) controle sobre a
movimentação, desautorizando os negros a transitar em determinadas áreas das
cidades.
e) exclusão do mercado
de trabalho, negando à população negra o acesso aos bens de consumo.
4. (CPS 2014) Algumas viagens ocorrem por razões políticas. Uma dessas viagens foi feita pelo líder pacifista Mohandas Gandhi (conhecido por Mahatma, que significa Grande Alma).
Esta ação eficiente,
que feriu os cofres da Coroa Britânica, foi a chamada Marcha do Sal, ocorrida
entre 12 de março e 5 de abril de 1930.
(veja.abril.com.br/idade/exclusivo/conheca_pais/india/personagem.html
Acesso em: 09.08.2013. Adaptado)
De acordo com as
informações do texto, é correto afirmar que a Marcha do Sal demonstrava a
a) cooperação entre o
Império Britânico e a Índia governada por Gandhi.
b) recusa de Gandhi à
exploração neocolonial da Índia pela Inglaterra.
c) aprovação de Gandhi à
cobrança de impostos dos produtos agrícolas.
d) adesão de Gandhi ao
modelo neocolonial mercantilista da Coroa Britânica.
e) ação educativa de
Gandhi para conscientizar o povo contra o uso do sal marinho.
5. (Acafe 2014)
Durante o período da Guerra Fria as ideias do pan-africanismo e o pan-arabismo
foram relevantes na afirmação de diversos movimentos de libertação e de
independência na África e Oriente Médio.
Acerca desses
movimentos e de suas proposições e correlações é correto afirmar, exceto:
a) No Oriente Médio, o
pan-arabismo teve no presidente egípcio Gamal Abdel Nasser uma de suas
principais lideranças. Nasser defendia a união dos povos árabes contra a forte
presença dos EUA e de Israel.
b) Das potências
europeias coloniais, França e Reino Unido apoiaram a agenda dos dois
movimentos, já que viam os mesmos como forma de impedir a expansão dos
interesses soviéticos na África e no Oriente Médio.
c) O pan-africanismo
inspirou vários movimentos de libertação nesse continente. A intenção de criar
“uma identidade africana” era instrumento ideológico de aproximação dos povos
na luta contra as metrópoles.
d) Outro alvo do
movimento pan-africanista era o racista regime sul-africano que se perpetuou no
poder através do Apartheid, por décadas.
6. (Upf 2012)
Analise a charge abaixo que apresenta alguns elementos dos processos de
descolonização ou libertação da África negra durante o século XX. Aponte a
assertiva correta com base na imagem e na história do processo de independência
das colônias africanas.
a) A descolonização foi
uma iniciativa dos colonizadores, que, conscientes da importância do princípio
de autodeterminação dos povos, afastam-se para deixar que cada nação africana
ainda regida por europeus seja independente.
b) Muitas lideranças
africanas implementaram ditaduras pautadas na força quando da sua independência
em relação aos europeus.
c) A luta anticolonial
foi estimulada pela Segunda Guerra Mundial, quando soldados das colônias foram
incorporados aos exércitos nas batalhas da Europa e obtiveram direitos
políticos para suas nações em função de sua participação na derrocada do
nazifascismo.
d) Apesar de alguns
líderes africanos terem se destacado na luta pela independência, o processo foi
solucionado de forma pacífica, evidenciando a conscientização de todos os
envolvidos.
e) O Pan-Africanismo
visava congregar as nações independentes em entidades desportivas que
auxiliassem na sua afirmação identitária nacional, fazendo uso da Copa da
África, Copa do Mundo e Olimpíadas para reforçar a união de suas populações.
("O Globo" -
23/7/98)
O texto se refere à
visita ao Brasil do presidente sul-africano, Nelson Mandela, que combateu
duramente os sérios problemas enfrentados pela África do Sul após se libertar
da sujeição efetiva à Inglaterra. Uma das dificuldades por que passou o país
foi a política de "apartheid", que consistia no(a)
a) resistência pacífica, que previa o boicote aos impostos e ao consumo dos produtos ingleses.
a) resistência pacífica, que previa o boicote aos impostos e ao consumo dos produtos ingleses.
b) radicalismo
religioso, que não permitia aos brancos professar a religião dos negros,
impedindo o sincretismo religioso que interessava aos ingleses.
c) manutenção da
igualdade social, que facilitava o acesso à cultura a brancos e negros, desde
que tivessem poder econômico e político.
d) segregacionismo
oficial, que permitia que uma minoria de brancos controlasse o poder político e
garantisse seus privilégios diante da maioria negra.
e) desarmamento
obrigatório para qualquer instituição nacional e exigência do uso exclusivo do
dialeto africano nas empresas estrangeiras.
8. (Fuvest 2011)
África vive (...) prisioneira de um passado inventado por outros.
Mia Couto, Um retrato
sem moldura, In: HERNANDEZ, Leila,
A África na sala de
aula. São Paulo: Selo Negro, p.11, 2005.
A frase acima se
justifica porque
a) os movimentos de
independência na África foram patrocinados pelos países imperialistas, com
o objetivo de garantir a exploração econômica do continente.
b) os distintos povos da
África preferem negar suas origens étnicas e culturais, pois não há
espaço, no mundo de hoje, para a defesa da identidade cultural
africana.
c) a colonização
britânica do litoral atlântico da África provocou a definitiva associação do
continente à escravidão e sua submissão aos projetos de hegemonia europeia
no Ocidente.
d) os atuais conflitos
dentro do continente são comandados por potências estrangeiras,
interessadas em dividir a África para explorar mais facilmente suas
riquezas.
e) a maioria das
divisões políticas da África definidas pelos colonizadores se manteve, em
linhas gerais, mesmo após os movimentos de independência.
9. (Cesgranrio)
"Morre um homem por minuto em Ruanda. Um homem morre por minuto numa nação
do continente onde o Homo Sapiens surgiu há um milhão de anos... Para o ano
2000 só faltam seis, mas a Humanidade não ingressará no terceiro milênio,
enquanto a África for o túmulo da paz."
(Augusto Nunes, in:
jornal O GLOBO, 6.8.94)
A situação de
instabilidade no continente africano é o resultado de diversos fatores
históricos, dentre os quais destacamos o(a):
a) fortalecimento
político dos antigos impérios coloniais na região, apoiado pela Conferência de
Bandung.
b) declínio dos
nacionalismos africanos causado pelo final da Guerra Fria.
c) acirramento das
guerras intertribais no processo de descolonização que não respeitou as
características culturais do continente.
d) fim da dependência
econômica ocorrida com as independências políticas dos países africanos, após a
década de 50.
e) difusão da
industrialização no continente africano, que provocou suas grandes
desigualdades sociais.
10. (Ufrn) Em relação
ao processo de descolonização afro-asiático, é correto afirmar:
a) As potências
europeias, fortalecidas com o fim da 2 Guerra Mundial, investiram recursos na
luta contra os movimentos de libertação que explodiam nas colônias.
b) A Organização das
Nações Unidas tornou-se o parlamento no qual muitos países condenavam o
neocolonialismo, dado que proclamava a autodeterminação dos povos.
c) A Guerra Fria
dificultou a descolonização, em virtude da oposição de soviéticos e americanos,
que viam no processo uma limitação de seu poder de influência na África e na
Ásia.
d) As nações que optaram
por guerra e luta armada foram as únicas que conquistaram independência e
autonomia política frente à dominação dos países europeus.
11. (Fgv) "...
em 1955, em Bandung, na Indonésia, reuniram-se 29 (...) países que se
apresentavam como do Terceiro Mundo. Pronunciaram-se pelo socialismo e pelo
neutralismo, mas também contra o Ocidente e contra a União Soviética, e
proclamaram o compromisso dos povos liberados de ajudar a libertação dos povos
dependentes..."
A conferência a que o
texto se refere é apontada como um
a) indicador da crise do
sistema colonial por representar os interesses dos países que estavam sofrendo
as consequências do processo de industrialização na Europa.
b) indício do processo
de globalização da economia mundial uma vez que suas propostas defendiam o fim
das restrições alfandegárias nos países periféricos.
c) sintoma de
esgotamento do imperialismo americano no Oriente Médio, provocado pela quebra
do monopólio nuclear a favor dos árabes.
d) sinal de
desenvolvimento da economia dos denominados "tigres asiáticos" que
valorizou o planejamento estratégico, a industrialização independente e a
educação.
e) marco no movimento
descolonizador da África e da Ásia que condenou o colonialismo, a discriminação
racial e a corrida armamentista.
12. (Fgv) O genocídio que teve lugar em Ruanda, assim como a guerra civil em curso na República Democrática do Congo, ou ainda o conflito em Darfur, no Sudão, revelam uma África marcada pela divisão e pela violência. Esse estado de coisas deve-se, em parte,
a) às diferenças
ideológicas que perpassam as sociedades africanas, divididas entre os
defensores do liberalismo e os adeptos do planejamento central.
b) à intolerância
religiosa que impede a consolidação dos estados nacionais africanos, divididos
nas inúmeras denominações cristãs e muçulmanas.
c) aos graves problemas
ambientais que produzem catástrofes e aguçam a desigualdade ao perpetuar a
fome, a violência e a miséria em todo o continente.
d) à herança do colonialismo,
que introduziu o conceito de Estado-nação sem considerar as características das
sociedades locais.
e) às potências
ocidentais que continuam mantendo uma política assistencialista, o que faz com
que os governos locais beneficiem-se do caos.
13. (Fuvest) Assolado pela miséria, superpopulação e pelos flagelos mortíferos da fome e das guerras civis, a situação de praticamente todo o continente africano é, neste momento de sua história, catastrófica. Este quadro trágico decorre:
a) de fatores conjunturais
que nada têm a ver com a herança do neocolonialismo, uma vez que a dominação
colonial européia se encerrou logo após a segunda guerra mundial.
b) exclusivamente de um
fator estrutural, posterior ao colonialismo europeu, mas interno ao continente,
que é o tribalismo, que impede sua modernização.
c) da inserção da
maioria dos países africanos na economia mundial como fornecedores de
matérias-primas cujos preços têm baixado continuamente.
d) exclusivamente de um
fator estrutural, externo ao continente, a espoliação imposta e mantida pelo
Ocidente que bloqueia a sua autodeterminação.
e) da herança combinada
de tribalismo e colonialismo, que redundou na formação de micro-nacionalismos
incapazes de reconstruir antigas formas de associação bem como de construir
novas.
14. (Fuvest) Portugal foi o país que mais resistiu ao processo de descolonização na África, sendo Angola, Moçambique e Guiné-Bissau os últimos países daquele continente a se tornarem independentes. Isto se explica
a) pela ausência de
movimentos de libertação nacional naquelas colônias.
b) pelo pacifismo dos
líderes Agostinho Neto, Samora Machel e Amílcar Cabral.
c) pela suavidade da
dominação lusitana baseada no paternalismo e na benevolência.
d) pelos acordos
políticos entre Portugal e África do Sul para manter a dominação.
e) pela intransigência
do salazarismo somente eliminada com a Revolução de Abril de 1974.
a) às lutas dos países
islâmicos para se livrarem da dominação das potências Ocidentais.
b) ao combate dos países
árabes contra o domínio militar norte-americano na região.
c) à política
nacionalista do Irã e do Egito decorrente de uma concepção religiosa
fundamentalista.
d) aos acordos dos
países árabes com o bloco soviético, visando à destruição do Estado de Israel.
e) à organização de um
Estado unificado, controlado por religiosos islâmicos sunitas.
16. (Pucsp) "A economia dos países africanos caracteriza-se por alto endividamento externo, elevadas taxas de inflação, constante desvalorização da moeda e grande grau de concentração de renda, mantidos pela ausência ou fraqueza dos mecanismos de redistribuição da riqueza e pelo aprofundamento da dependência da ajuda financeira internacional, em uma escala que alguns países não tiveram nem durante o colonialismo".
Leila Leite Hernandez.
"A África na sala de aula". São Paulo: Selo Negro Edições, 2005, p.
615.
O fragmento
caracteriza a atual situação geral dos países africanos que obtiveram sua
independência na segunda metade do século XX. Sobre tal caracterização pode-se
afirmar que:
a) deriva sobretudo da
falta de unidade política entre os Estados nacionais africanos, que impede o
desenvolvimento de uma luta conjunta contra o controle do comércio
internacional pelos grandes blocos econômicos.
b) é resultado da
precariedade de recursos naturais no continente africano e da falta de
experiência política dos novos governantes, que facilitam o agravamento da
corrupção e dificultam a contenção dos gastos públicos.
c) deriva sobretudo das
dificuldades de formação dos Estados nacionais africanos, que não conseguiram
romper totalmente, após a independência, com os sistemas econômicos, culturais
e político-administrativos das antigas metrópoles.
d) é resultado exclusivo
da globalização econômica, que submeteu as economias dos países pobres às dos
países ricos, visando à exploração econômica direta e estabelecendo a hegemonia
norte-americana sobre todo o planeta.
e) deriva sobretudo do
desperdício provocado pelas guerras internas no continente africano, que
tiveram sua origem no período anterior à colonização européia e se reacenderam
em meio às lutas de independência e ao processo de formação nacional.
17. (Uerj) A África subsaariana conheceu, ao longo dos últimos quarenta anos, trinta e três conflitos armados que fizeram no total mais de sete milhões de mortos. Muitos desses conflitos foram provocados por motivos étnico-regionais, como os massacres ocorridos em Ruanda e no Burundi.
(Le Monde Diplomatique,
maio/1993 - com adaptações.)
Das alternativas
abaixo, aquela que identifica uma das raízes históricas desses conflitos no
continente africano é:
a) a chegada dos
portugueses, que, em busca de homens para escravização, extinguiram inúmeros
reinos existentes
b) a Guerra Fria, que,
ao provocar disputas entre EUA e URSS, transformou a África num palco de
guerras localizadas
c) o Imperialismo, que,
ao agrupar as diferentes nacionalidades segundo tradições e costumes, anulou
direitos de conquista
d) o processo de
descolonização, que, mantendo as mesmas fronteiras do colonialismo europeu,
desrespeitou as diferentes etnias e nacionalidades
18. (Ufmg) "O colonialismo em todas as suas manifestações, é um mal a que deve ser posto fim imediatamente."
Os argumentos dessa
reinvidicação, expressa na Conferência de Bandung (1955), estavam fundamentados
a) na Carta das Nações
Unidas e Declaração dos Direitos do Homem.
b) na Encíclica
"Rerum Novarum" e nas resoluções do Concílio Vaticano II.
c) na estratégia
revolucionária do Kominform para as regiões coloniais.
d) na Teoria do Efeito
Dominó do Departamento de Estado americano.
e) nas teorias de
revolução e imperialismo do marxismo-leninismo.
19. (Fgvrj 2012)
Até que a filosofia
que sustenta uma raça
Superior e outra
inferior
Seja finalmente e
permanentemente desacreditada e abandonada,
Haverá guerra, eu
digo, guerra.
(...)
Até que os regimes
ignóbeis e infelizes,
Que aprisionam nossos
irmãos em Angola, em Moçambique,
África do Sul, em
condições subumanas,
Sejam derrubados e
inteiramente destruídos, haverá
Guerra, eu disse,
guerra.
(...)
Até esse dia, o
continente africano
Não conhecerá a paz,
nós, africanos, lutaremos,
Se necessário, e
sabemos que vamos vencer,
Porque estamos
confiantes na vitória
Do bem sobre o
mal,
Do bem sobre o
mal...
War. Bob Marley,
1976.
A canção War foi composta por Bob Marley, a partir do discurso pronunciado pelo imperador da Etiópia, Hailé Selassié (1892-1975) em 1936, na Liga das Nações. As ideias do discurso, presentes na letra da canção acima, estão associadas:
a) Ao darwinismo social,
que propunha a superioridade africana sobre as demais raças humanas.
b) Ao futurismo, que
consagrava a ideia da guerra como a higiene e renovação do mundo.
c) Ao pan-africanismo,
que defendia a existência de uma identidade comum aos negros africanos e a seus
descendentes.
d) Ao sionismo, que
defendia que o imperador Selassié era descendente do rei Salomão e da rainha de
Sabá e deveria assumir o governo de Israel.
e) Ao apartheid, que
defendia a superioridade branca e a política de segregação racial na África do
Sul.
20. (Ufsm 2011) "A primeira coisa, portanto, é dizer-vos a vós mesmos: Não aceitarei mais o papel de escravo. Não obedecerei às ordens como tais, mas desobedecerei quando estiverem em conflito com a minha consciência. O assim chamado patrão poderá sussurrar-vos e tentar forçar-vos a servi-lo. Direis: Não, não vos servirei por vosso dinheiro ou sob ameaça. Isso poderá implicar sofrimentos. Vossa prontidão em sofrer acenderá a tocha da liberdade que não pode jamais ser apagada." (Mahatma Gandhi)
20. (Ufsm 2011) "A primeira coisa, portanto, é dizer-vos a vós mesmos: Não aceitarei mais o papel de escravo. Não obedecerei às ordens como tais, mas desobedecerei quando estiverem em conflito com a minha consciência. O assim chamado patrão poderá sussurrar-vos e tentar forçar-vos a servi-lo. Direis: Não, não vos servirei por vosso dinheiro ou sob ameaça. Isso poderá implicar sofrimentos. Vossa prontidão em sofrer acenderá a tocha da liberdade que não pode jamais ser apagada." (Mahatma Gandhi)
In: MOTA, Myriam;
BRAICK, Patrícia. História das cavernas ao Terceiro Milênio. São Paulo:
Moderna, 2005. p.119.
"Acenderá a tocha da liberdade que não pode jamais ser apagada" são palavras de Mahatma Gandhi (1869-1948) que, no contexto da Guerra Fria, inspiraram movimentos como
a) o acirramento da
disputa por armamentos nucleares entre os EUA e a URSS, objetivando a
utilização do arsenal nuclear como instrumento de dissuasão e amenização das
disputas.
b) a reação dos países
colonialistas europeus visando a diminuir o poder da Assembleia Geral da ONU e
reforçar o poder do Secretário Geral e do Conselho de Segurança.
c) as concessões
unilaterais de independência às colônias que concordassem em formar alianças
econômicas, políticas e estratégicas com suas antigas metrópoles, como a
Comunidade Britânica de Nações e a União Francófona.
d) o reforço do regime
de "apartheid" na África do Sul que, após prender o líder Nelson
Mandela e condená-lo à prisão perpétua, procurou expandir a segregação racial
para os países vizinhos, como a Rodésia e a Namíbia.
e) o não alinhamento
político, econômico e militar aos EUA ou à URSS, decisão tomada pelos países do
Terceiro Mundo reunidos na Conferência de Bandung, na Indonésia.